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14 | I Série - Número: 099 | 3 de Julho de 2009

beneficiará de comparticipação comunitária, quer a que já estava prevista quer a que vai resultar da reprogramação, mas terá já este ano uma comparticipação nacional adicional de 20 milhões de euros, com recurso à dotação provisional.
A verdade é que o País precisa de reforçar o seu investimento nos centros de saúde e noutros equipamentos do Serviço Nacional de Saúde. E esse investimento, que é socialmente muito útil, tem também todas as possibilidades de contribuir, neste momento, e com a celeridade necessária, para o que é absolutamente urgente: para a dinamização da economia e para a urgente criação de emprego no nosso país.

Aplausos do PS.

Srs. Deputados, este é o caminho. O caminho é não hesitar, é prosseguir. Não é só dizer mal, é procurar fazer bem. Não é parar, é andar para a frente. E nós estamos aqui para avançar.
Devemos olhar para os últimos quatro anos como um tempo de mudanças muito importantes na nossa sociedade, mudanças em todos os planos.
Somos hoje um País onde a interrupção voluntária da gravidez deixou de ser encarada como um problema de justiça criminal para passar a ser tratada como uma questão de saúde pública — ambição que tínhamos há muitos anos. Um País que apoia os casais que querem recorrer à procriação medicamente assistida e que acaba de criar o primeiro banco público de células estaminais. Um País que acabou com o drama inútil do divórcio litigioso. E um País que garantiu, com a lei da paridade, uma maior representação das mulheres na vida pública portuguesa.

Aplausos do PS.

Este é também um País onde o Simplex começou a ganhar terreno à burocracia, onde se pode constituir uma empresa em menos de uma hora e em que o Diário da República deixou de ser em papel. O País que foi capaz de duplicar, em três anos, o emprego científico nas empresas, que passou a ter uma balança tecnológica positiva e que se tornou um dos líderes europeus em termos de energias renováveis. O País cujos programas de distribuição e utilização pedagógica de computadores são hoje referências internacionais. Um País que assegurou o ensino da língua inglesa a todas as crianças do 1.º ciclo. E um País que triplicou o número de inscritos no ensino secundário profissional.
Este é o País que, em três anos, retirou mais de 200 000 idosos da pobreza e criou, a partir do zero, toda uma nova rede de cuidados continuados. Este é o País que triplicou, em quatro anos, o número de trabalhadores abrangidos por contratação colectiva.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Devia ter vergonha!

O Sr. Primeiro-Ministro: — O País que conseguiu reduzir a sinistralidade rodoviária, que reforçou os efectivos das forças de segurança e que investiu no seu equipamento. O País que participa, com distinção, em missões de paz no estrangeiro e que desempenhou, com reconhecimento unânime, a presidência da União Europeia e concluiu o Tratado que prestigia Portugal e leva o nome de Lisboa.

Aplausos do PS.

Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: O Governo comparece no debate do estado da Nação com a plena consciência da gravidade da situação económica internacional e dos seus efeitos na sociedade portuguesa, mas também seguro da sua linha de rumo e confiante nas capacidades do País para vencer as dificuldades do presente e prosseguir o caminho da modernização.
Sei bem o esforço que foi pedido a todos os portugueses. Um esforço notável, que permitiu ao País vencer as duas graves crises que encontrámos quando chegámos ao Governo: a crise nas contas públicas e a crise da segurança social. Mas sei também que o surgimento da crise económica mundial prejudicou o caminho seguro que estávamos a trilhar de recuperação da economia e de criação de emprego, retirando visibilidade ao progresso que o País, de facto, alcançou. Sei que, entre nós, como em muitos países do mundo, esta crise