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29 | I Série - Número: 017 | 22 de Outubro de 2010

O Sr. Afonso Candal (PS): — «Há orçamento? O nosso voto é contra!» Não houve um único Orçamento que tenha merecido outro voto por parte do Partido Comunista que não fosse o voto contra.
Quanto á questão do «jogo de máscaras«»

O Sr. Honório Novo (PCP): — Afinal, quem tem cassete?!

Risos do PCP.

O Sr. Afonso Candal (PS): — Ó Sr. Deputado Honório Novo, permita-me que lhe confidencie uma coisa: eu jamais o convidaria para comigo «dançar o tango«, porque sei que ficaria com os «pçs pisados«»

O Sr. Honório Novo (PCP): — Isso é porque você dança mal!

Risos.

O Sr. Afonso Candal (PS): — Portanto, nem todos são parceiros! Repare que, para ficar pisado, tinha de estar por baixo! Aí o mal ç relativo»

O Sr. Honório Novo (PCP): — Você é que dança mal e ficava com o pé por baixo!

Risos.

O Sr. Afonso Candal (PS): — V. Ex.ª avaliará de acordo com o seu amor-próprio! Eu, com o pé por baixo» Então, seria culpa minha» Estou certo de que V. Ex.ª pensa assim, mas a lógica e a física talvez não lhe dêem razão.
Quanto aos mercados, a resposta a dar não é aos mercados, é uma resposta ao futuro do País! Quando aquilo a que está a ser sujeita a dívida pública portuguesa está ao nível das taxas de juro que hoje conhecemos, é o futuro do País e das novas gerações que está em causa. Quando à dívida pública colocada a 10 anos é fixada a uma taxa acima de 6%, não é V. Ex.ª que vai pagar; é V. Ex.ª que vai pagar hoje, amanhã, depois, daqui a um ano e daqui a 10 anos! E eu desejo-lhe longa vida para ainda poder estar a pagar daqui a 10 anos aquilo que é fixado hoje!

O Sr. Presidente (José Vera Jardim): — Tem de terminar, Sr. Deputado.

O Sr. Afonso Candal (PS): — Mas a verdade é que estamos a falar de consequências de, pelo menos, médio prazo, senão mesmo de longo prazo.
E, Sr. Deputado, um País que está em democracia desde 1974, portanto há 36 anos, e que, em 36 anos, não encontrou um único ano em que pudesse gastar menos do que aquilo que tinha para gastar, que, em 36 anos, teve sempre a absoluta necessidade de gastar mais do que aquilo que tem disponível para gastar, Sr. Deputado, mais dia, menos dia, teria de sofrer as consequências. E não é por causa dos mercados ou dos especuladores! É por causa do futuro do País e das novas gerações.
Por isso, é fundamental garantir a sustentabilidade das finanças públicas e do Estado social, não para si e, porventura, até já nem para mim, mas para aqueles que vêm a seguir a nós. Essa é uma responsabilidade nossa e temos obrigação republicana de a cumprir.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente (José Vera Jardim): — Para uma declaração política, tem a palavra o Sr. Deputado Agostinho Lopes.

O Sr. Agostinho Lopes (PCP): — Sr. Presidente, Srs. Deputados: Os economistas do neoliberalismo e da política de direita, com excepções, a comentários, artigos e declarações juntam livros, tentando demonstrar