38 | I Série - Número: 041 | 21 de Janeiro de 2011
Linha do Oeste, independentemente daquilo que viesse a resultar deste debate e da participação dos cidadãos na valorização da linha ferroviária do Oeste.
Sr. Presidente, Srs. Deputados: O Partido Socialista não chegou hoje à defesa da Linha do Oeste. O Partido Socialista, com maior incidência nos distritos que a Linha percorre, há muito que vem a pugnar pela valorização desta infra-estrutura rodoviária, de forma a que ela possa servir os cidadãos e a economia desta região.
As circunstâncias particularmente difíceis que o País atravessa exigem responsabilidade. É por isso que temos que encontrar as melhores, e para estas o PS está sempre disponível.
Já, hoje, a Linha do Oeste é vital para algumas das melhores e das maiores empresas da região de Leiria, região conhecida pelo seu dinamismo empresarial e pela capacidade exportadora, para cuja vocação a Linha do Oeste é muito útil. As empresas cimenteiras, as empresas de granulado de alimentação animal, as empresas de cerâmica e as maiores empresas garrafeiras necessitam da Linha do Oeste e utilizam-na para o transporte das suas mercadorias, que é feito de forma eficiente e rentável.
Como é sabido, cerca de 10% do transporte ferroviário de mercadorias em território nacional é já feito através da Linha do Oeste, e este é um caminho a valorizar e a salvaguardar.
Os Deputados do Partido Socialista vão, por isso, continuar, como sempre têm vindo a fazer, a pugnar por melhores condições na Linha do Oeste e a velar pela concretização dos compromissos assumidos, mesmo que sejam mais dilatados no tempo, como alguns autarcas da região, designadamente do PSD, têm concordado e até pugnado para que assim aconteça.
Portanto, vamos continuar a fazer um caminho de debate com a sociedade civil, com os empresários, com as suas associações, com os movimentos de cidadãos e com as autarquias, com todos eles, e munidos apenas do espírito de servir.
Estamos certos de que encontraremos a vocação mais útil, mais adequada e que melhor sirva os interesses dos cidadãos, da região e do País!
O Sr. Heitor Sousa (BE): — Como é que vão votar?!
O Sr. João Paulo Pedrosa (PS): — É para este propósito que exortamos todos os partidos da oposição a seguirem este caminho, porque se o fizerem ganhamos todos.
Aplausos do PS.
O Sr. Heitor Sousa (BE): — Qual é o sentido de voto do PS?!
O Sr. Presidente: — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Bruno Dias.
O Sr. Bruno Dias (PCP): — Sr. Presidente, Srs. Deputados: Começo por cumprimentar os cidadãos presentes nas galerias que estão a acompanhar este debate, nomeadamente, autarcas.
Quero dizer que, à medida que os anos passam, ainda assim, é possível ficarmos surpreendidos com novos limites que são ultrapassados relativamente ao descaramento, á hipocrisia política»
A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — Exactamente!
O Sr. Bruno Dias (PCP): — » e á falta de çtica do ponto de vista do debate político.
Nesta altura, a pergunta que é preciso fazer é a de saber se alguém acredita que se faz uma obra destas sem gastar um cêntimo. A menos que alguém acredite que é possível fazer uma obra destas sem se gastar um cêntimo, aquilo a que estamos a assistir desde o princípio deste debate é a um inacreditável espectáculo de hipocrisia política por parte de partidos que inviabilizaram reiteradamente as propostas que permitiriam concretizar e financiar esta obra.
O Sr. Paulo Batista Santos (PSD): — Não sabe do que está a falar!