41 | I Série - Número: 049 | 10 de Fevereiro de 2011
matéria das bolsas de estudo do Decreto-Lei n.º 70/2010. Ouvi da sua parte, Sr. Deputado, uma pequena nuance dizendo que apoiaria pequenos pormenores relativamente a esta matéria. Gostava de perguntar qual é a posição do PSD.
Aplausos do PSD.
O Sr. Presidente (Luís Fazenda): — Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado Pedro Saraiva.
O Sr. Pedro Saraiva (PSD): — Sr. Presidente, Sr. Deputado Michael Seufert, quero agradecer-lhe pela intervenção e dizer que temos registado com agrado o envolvimento que o CDS tem tido nesta matéria.
Em jeito de remate, eu diria que, pelo menos, parece claro que o PS fica manifestamente sozinho nesta discussão. Espero que ainda vá a tempo de revisitar a bondade das propostas concretas que estamos a subscrever. Se de forma lúcida olharem para elas, acho que genuinamente também estarão do lado do futuro, a curtíssimo prazo, da acção social escolar no contexto do ensino superior português.
Não é argumento, ainda que possa ser usado apenas por motivos de retórica — retórica desprovida de grande impacto ou significado — , a ideia de que só estão a ser excluídos do sistema alunos que pertencem a agregados familiares com mais de 100 000 € de património. Essa ç a grande parangona que o Sr. Ministro tem usado recorrentemente.
O Sr. Manuel Mota (PS): — Mas está a favor ou contra?
O Sr. Pedro Saraiva (PSD): — Que não restem dúvidas de que nós, inequivocamente, achamos que as condições de património devem excluir do sistema»
O Sr. Manuel Mota (PS): — Ah!»
O Sr. Pedro Saraiva (PSD): — Sempre o dissemos! O Sr. Deputado Manuel Mota deve ter alguns problemas de audição, mas vou repetindo as vezes que forem necessárias! Como estava a dizer, inequivocamente achamos que as condições de património devem excluir do sistema, mas o que constata se falar com qualquer director de acção social escolar, Sr. Deputado Manuel Mota, é que esse número é marginal. A grande maioria das dezenas de milhares de alunos que estão a ficar fora do sistema não pertence a esse tipo de agregados familiares.
O Sr. Manuel Mota (PS): — E os resultados escolares?
O Sr. Pedro Saraiva (PSD): — Portanto, é atirar poeira para o meio da discussão recorrer a essa figura como se fosse a origem de todo o decréscimo que manifestamente está a acontecer nesta matéria.
O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Muito bem!
O Sr. Pedro Saraiva (PSD): — Somos claramente a favor da simplificação e da aceleração dos processos administrativos. Estamos em crer que, desta vez, o Governo terá o bom senso que não teve no passado, para que, no próximo ano lectivo, não estejamos a repetir, com uma situação ainda mais grave, o drama deste ano lectivo. Portanto, acho que é preciso clarificar, desde já, com quem é que o Governo vai trabalhar a operacionalização dessa simplificação administrativa. Esta é a nossa posição.
Para concluir, fica claro que o PSD, como sempre defendeu, é um partido personalista, e por isso esta questão nos ç muito clara. Para nós, as pessoas estão no centro do futuro, estão no centro das sociedades,»
Vozes do PSD: — Muito bem!
O Sr. Pedro Saraiva (PSD): — » e o Estado deve alavancá-las, deve permitir que elas se mobilizem, deve permitir que subam o elevador na escala da sociedade, qualificando-se. Eu próprio sou testemunho disso