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58 | I Série - Número: 062 | 11 de Março de 2011

favoravelmente a sua moção e o Bloco de Esquerda ter afinal de retirar consequências políticas reais da sua iniciativa.

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Muito bem!

A Sr.ª Teresa Morais (PSD): — Mas o certo é que, conhecido o texto da moção, nele não se encontra qualquer referência ao PSD. Terá talvez, finalmente, o Bloco de Esquerda compreendido que é o PS quem governa e, portanto, só ele pode ser censurado por esta governação. Ou talvez tenha também percebido que não é o Bloco de Esquerda que nos condiciona, não é o Bloco de Esquerda que nos limita, não é seguramente o Bloco de Esquerda que marca a agenda política do PSD.

Aplausos do PSD.

E por fim, hoje, aqui veio de novo o Bloco de Esquerda atacar o PSD, confundindo Governo e oposição responsável, numa última e desesperada tentativa de retirar afinal algum ganho político de um percurso cheio de contradições.
Apanhado na sua própria armadilha, o Bloco de Esquerda chegou a um ponto em que, se pudesse, apagaria da nossa memória colectiva o acto do anúncio desta moção, mas não pôde e por isso se viu obrigado a agendar um debate prematuramente esgotado pela exaustão auto-justificativa que o antecedeu.

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Muito bem!

A Sr.ª Teresa Morais (PSD): — E porque é o PS quem governa, e todos os portugueses sentem hoje na pele as consequências dessa governação, o sentido õtil que este debate teve para nós foi o de о transformar numa oportunidade para discutir aquilo que verdadeiramente interessa ao País. Foi o que fizemos.
E por falar daquilo que também interessa ao País, falemos então da estabilidade política que o PS e o Governo reclamam diariamente.
A primeira questão a colocar é esta: pode o Governo queixar-se, como sistematicamente tem feito, de falta de estabilidade política? Não teve o Governo até agora as condições políticas e orçamentais para Governar? Ou será afinal o próprio Governo o obreiro da sua instabilidade com um comportamento inconstante, inconsistente e contraditório acerca das opções fundamentais da política governativa?

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Muito bem!

A Sr.ª Teresa Morais (PSD): — Afinal quer o Governo reavaliar seriamente as grandes obras públicas ou quer continuar a anunciar investimentos de 12 000 milhões de euros, para os quais, evidentemente, não tem dinheiro? Afinal quer apresentar números oficiais e credíveis sobre a execução orçamental ou prefere lançar dados avulsos, não oficiais e antecipados numa qualquer data estrategicamente escolhida?

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Muito bem!

A Sr.ª Teresa Morais (PSD): — Afinal o Governo quer identificar um número realista e exequível de medidas de incentivo à economia ou prefere continuar a anunciá-las em pacotes de 50, muitas delas gastas só de tanto anunciadas, que deixa cair no dia seguinte?

Aplausos do PSD.

Afinal o Governo está aberto a propostas da oposição ou prefere chumbá-las sem qualquer ponderação séria dos seus benefícios?