8 | I Série - Número: 075 | 20 de Maio de 2011
São sete as nossas prioridades claras: a primeira é aumentar a taxa de escolarização dos jovens e o reforço das qualificações; a segunda é consolidar a aposta nas energias renováveis, absolutamente essencial para reduzirmos a nossa dependência do exterior.
Protestos do Deputado do PCP Agostinho Lopes.
A terceira é a afirmação do sector exportador, que é, hoje, o verdadeiro motor da nossa economia, coisa que não acontecia há 10 ou há 15 anos atrás e que nos deve fazer pensar a todos naquilo que o País conseguiu fazer.
O Sr. Presidente: — Queira concluir, Sr.ª Deputada.
A Sr.ª Sónia Fertuzinhos (PS): — Vou terminar, Sr. Presidente, referindo, em quarto lugar, o investimento na ciência, articulando os sistemas de conhecimento com a inovação das empresas; em quinto lugar, o avanço na agenda digital; em sexto lugar, a dinâmica e simplificação da modernização administrativa; e, em sétimo lugar, a consolidação da qualificação das redes de cuidados de saúde e das redes de equipamentos sociais.
Aqui têm Srs. Deputados: quem tem ideias para o País, apresenta-as;»
O Sr. Pedro Duarte (PSD): — Podemos comparar!
A Sr.ª Sónia Fertuzinhos (PS): — » quem não as tem, limita-se a dizer mal de tudo e de todos. É essa a diferença entre um partido que não consegue ser alternativa e um partido que não desiste do seu trabalho, das suas responsabilidades e que, acima de tudo, não desiste de Portugal.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente: — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado José Gusmão.
O Sr. José Gusmão (BE): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: De facto, os dados que vieram a público recentemente sobre a evolução do desemprego em Portugal, muito particularmente do desemprego jovem, que se aproxima hoje dos 30%, fazem com que seja difícil acreditar que o Primeiro-Ministro de Portugal seja hoje o mesmo homem que, há seis anos, dizia que uma taxa de desemprego de 7% era a marca de uma governação falhada»
O Sr. José Manuel Pureza (BE): — Essa é que é verdade!
O Sr. José Gusmão (BE): — » e que se candidatou, nessas eleições, com o grande slogan: «150 000 novos empregos».
Como não queremos que o debate de hoje seja um exercício de hipocrisia por parte de algumas bancadas, a verdade é que chegámos ao ponto de hoje com um contributo valioso da bancada do PSD, que — como, aliás, acabou de afirmar — viabilizou toda a política económica do Governo ao longo dos últimos anos, em Portugal.
O Sr. José Manuel Pureza (BE): — Exactamente!
O Sr. José Gusmão (BE): — Portanto, se chegámos a esta marca de uma governação falhada, que são os 12,4% de taxa de desemprego, muito temos de agradecer ao Partido Social Democrata, que deu ao Partido Socialista a «corda para enforcar» o País. Mas agora, em período de campanha eleitoral, a única coisa que preocupa o PSD — e, já agora, também o CDS-PP — é «tirar o cavalinho da chuva», é dizer que todo o acordo sobre a política económica a que assistimos ao longo dos últimos anos foi um expediente — «um exercício de responsabilidade», como costumam dizer — e não uma escolha política da direita portuguesa no sentido de apoiar esta política que nos trouxe aos níveis de desemprego que hoje observamos.