O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

I SÉRIE — NÚMERO 12

24

O Sr. Francisco Louçã (BE): — Bem feita!

O Sr. Adão Silva (PSD): — Um Governo que, segundo V. Ex.ª, não existe, mas que, depois, acaba por

existir, não se percebendo bem do seu discurso se existe ou não existe. «Ser ou não ser, eis a questão» que

deixo desde já ao Sr. Deputado.

Afinal, há ou não há Governo? No início, diz que não há Governo, mas depois refere medidas que o

Governo estará a tomar e que atestam bem a sua existência.

A segunda nota que queria deixar é a seguinte: Sr. Deputado, da forma como V. Ex.ª falou dá a impressão

que quis fazer uma espécie de ajuste de contas com o resultado eleitoral do dia 5 de Junho. Dá a impressão

que V. Ex.ª subiu à Tribuna revoltado, com uma vontade enorme de fazer um ajuste de contas e de protestar

contra os resultados que o povo português deixou claros nas eleições do dia 5 de Junho.

O Sr. Luís Menezes (PSD): — É verdade!

O Sr. Adão Silva (PSD): — Não faça isso, é tempo de ultrapassar isso, não vale a pena estar a olhar para

o passado!

Agora, vou referir-me à questão muito concreta que deixou sobre a taxa social única.

A taxa social única, como V. Ex.ª calculará, é uma matéria da maior relevância mas que exige a maior

ponderação. Não é matéria para impulsionar uma decisão de ânimo leve, deve, isso sim, ser devidamente

acautelada, ponderada, dada a multiplicidade de vectores que decorrem das alterações da taxa social única.

Evidentemente, é preciso pensar como se vai compensar a supressão de contribuições, que deixarão de

entrar no sistema da segurança social, é preciso ver quais os efeitos que isso terá na economia, nas empresas

e no emprego.

Sinceramente, Sr. Deputado, acho que não se pode ter já, à partida, uma visão catastrofista como V. Ex.ª

teve hoje, aqui.

O Sr. Luís Menezes (PSD): — Muito bem!

O Sr. Adão Silva (PSD): — Haja algum optimismo! Percebo que V. Ex.ª possa até estar revoltado com a

situação, mas haja algum optimismo!

Na nossa perspectiva, o optimismo que tem que haver é o seguinte: ponderando bem a redução do valor

da taxa social única, será que, no fim, ela não vai promover maior empregabilidade?

O Sr. João Galamba (PS): — Não!

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Não!

O Sr. Adão Silva (PSD): — E, estando mais pessoas empregadas, não vão aumentar as contribuições

para a segurança social?

O Sr. João Galamba (PS): — Não!

O Sr. Adão Silva (PSD): — E aquilo que, à partida, será a redução das contribuições pela baixa da taxa

social única não resultará num aumento de contribuições por causa do acréscimo do emprego?

O Sr. João Galamba (PS): — Não!

O Sr. Adão Silva (PSD): — Seguramente que sim!

O Sr. João Oliveira (PCP): — Porque é que o memorando prevê o aumento de desemprego?

Páginas Relacionadas
Página 0038:
I SÉRIE — NÚMERO 12 38 Os Srs. Deputados que, por qualquer razão, não
Pág.Página 38