18 DE MAIO DE 2012
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O Sr. Presidente (Ferro Rodrigues): — Tem a palavra a Sr.ª Deputada Cecília Honório, para uma
intervenção.
A Sr.ª Cecília Honório (BE): — Sr. Presidente, Sr.as
e Srs. Deputados: Esta discussão revela algumas
patologias. Falei-vos, há pouco, do autismo político do Governo face aos dados e à avaliação que deve ser
feita neste momento; agora, podemos falar de uma espécie de esquizofrenia política, porque a verdade é que
lá as vozes falam de uma outra forma, lá as vozes denunciam a realidade.
Sr. Deputado Hélder Amaral, foi na Assembleia Municipal de Portimão que o CDS apresentou uma moção
de condenação das portagens, considerando, inclusivamente, que a sua introdução é ilegal. Ou seja, há duas
vozes: as vozes de lá e as vozes de cá; ou as vozes do PSD que se choram também face ao PS, enquanto o
PS, por sua vez, através da voz do Sr. Deputado Miguel Freitas, se pergunta — ainda está na fase das
perguntas, talvez sim, talvez não, vamos pensar, vamos dar umas oportunidades ao Governo para
responder…
Sr. Deputado Miguel Freitas, a resposta faz-se perante uma iniciativa concreta: são ou não de abolir as
portagens na Via do Infante? Aquilo é um descalabro ou não é um descalabro? É essa a responsabilidade que
os senhores têm perante estas iniciativas legislativas.
O Sr. Miguel Freitas (PS): — Por isso chamámos cá a Secretária de Estado!
A Sr.ª Cecília Honório (BE): — Este é um debate que não tem a dignidade que o problema que a região
vive devia merecer da vossa parte
O Sr. Presidente (Ferro Rodrigues): — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Paulo
Cavaleiro, que dispõe já de muito pouco tempo.
O Sr. Paulo Cavaleiro (PSD): — Sr. Presidente, Sr.as
e Srs. Deputados: Muito rapidamente, quero só
deixar duas notas.
O Governo está a reavaliar a situação, conforme já foi anunciado, e confiamos nessa reavaliação. O que
sabemos é que nos partidos mais à esquerda deste Hemiciclo se pensa que é sempre possível fazer tudo sem
pagar ou que o dinheiro disponível é infindável e cobrirá todas as despesas. Para perceber que, infelizmente,
não é assim bastaria somar os custos das propostas constantemente aqui apresentadas pelos partidos de
esquerda; perceber-se-ia que nem tudo é possível, prioritário ou passível de isenção.
A Sr.ª Rita Rato (PCP): — E para a banca? Há sempre dinheiro!
O Sr. Paulo Cavaleiro (PSD): — O povo, com o seu bom senso, tem sabido fazer bem essa avaliação.
Aplausos do PSD.
O Sr. Presidente (Ferro Rodrigues): — Também para uma intervenção, concluindo este debate, tem a
palavra o Sr. Deputado Hélder Amaral.
O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr.as
e Srs. Deputados: Fui aqui citado, até com alguns
«adjetivos», como patologia e esquizofrenia, mas queria dizer-lhe, Sr.ª Deputada Cecília Honório, que não é
nada disso, trata-se apenas e só de democracia.
O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Ora bem!
O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Sei que quer o Partido Comunista Português quer o Bloco de Esquerda
têm alguma dificuldade em perceber este tipo de liberdade,…