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12 DE OUTUBRO DE 2012

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O Sr. Paulo Batista Santos (PSD): — Aquilo que distingue estas bancadas dessas bancadas é que o

nosso apelo, hoje, em Portugal, é o de que vale a pena trabalhar, vale a pena produzir, porque o País tem, de

facto, futuro.

Mas há uma coisa, Sr.ª Deputada, que não perdoo, que é um grave erro parlamentar: não chamei

preguiçosos aos trabalhadores, não chamei preguiçosos aos portugueses!

Sr.ª Deputada, eu não acho, como o Secretário-Geral do seu partido disse hoje a um jornal, que o facto de

o Governo estar 20 horas seguidas a discutir o Orçamento do Estado, a trabalhar na resolução dos problemas

do País, seja um sinal de desorientação. Acho que é um sinal de trabalho, que é isso que VV. Ex.as

não

sabem.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Termino, Sr.ª Presidente, com uma resposta que é devida ao Sr. Deputado Paulo Sá, a quem agradeço as

questões colocadas.

V. Ex.ª anunciou à Câmara a previsibilidade de esta maioria ter de vir aqui reconhecer alguns erros. Sr.

Deputado, acabei de o fazer há pouco. É verdade que nem tudo tem corrido como nós desejaríamos.

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Qual é a parte que correu bem?

O Sr. Paulo Batista Santos (PSD): — De facto, o ajustamento tem sido mais forte do que aquilo que nós

desejaríamos. De facto, o desemprego tem crescido mais do que aquilo que nós desejaríamos, mas há uma

coisa, Sr. Deputado, de que temos a certeza: estamos a fazer tudo — ainda esta semana a Comissão

Europeia o disse — para devolver a liberdade a Portugal e aos portugueses.

E sabe o que é a liberdade, Sr. Deputado? É termos a capacidade de decidir por nós próprios. E hoje não

temos essa liberdade porque os senhores do Partido Socialista condenaram o País à situação que vivemos.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Aquilo que eu disse é que queremos contar com VV. Ex.as

e com toda a Câmara. Vamos iniciar um

processo de discussão de um Orçamento que será dos mais difíceis que este País irá conhecer. Para isso,

contamos com o PCP, que sabemos ser um partido responsável, e contamos com todas as bancadas. Com a

vossa ajuda, com o vosso contributo, encontraremos soluções que sirvam para minimizar não só os problemas

que os portugueses sentem mas, com sentido de responsabilidade, apresentando propostas positivas para os

portugueses e que deem solução para o financiamento.

É desse equilíbrio que todos nós precisamos, para o qual todos estamos convocados e no qual agradeço

que participem.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

A Sr.ª Presidente: — Nesta primeira declaração política houve, em todas as intervenções, um

arrastamento dos tempos regimentais. Pedia aos Srs. Deputados que tentassem cumprir mais os tempos

regimentais.

Tem a palavra a Sr.ª Deputada Helena André, do PS, para uma declaração política.

A Sr. Helena André (PS): — Sr.ª Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados: Há um ano e meio, quando a sede de

poder acrescentou uma crise política às consequências da crise financeira, económica e social,…

Aplausos do PS.

… conduzindo a eleições antecipadas, as portuguesas e os portugueses sabiam que o caminho seria

sinuoso, estreito e difícil.