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19 DE OUTUBRO DE 2012

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transacionáveis — palavra que o Partido Comunista desconhece, com certeza —, privilegiando a iniciativa

privada, individual, cooperativa ou familiar, onde cabem pequenas, médias e grandes unidades, visando o

aumento do rendimento dos agricultores.

A agricultura que temos hoje sofreu um aumento de produtividade superior a 10% nos últimos 25 anos,

colocando no mercado produtos mais seguros e de melhor qualidade a preços competitivos, acessíveis à

generalidade da população. Numa palavra, uma agricultura que recorre cada vez mais às novas tecnologias

para produzir, mas que também se preocupa com a qualidade e a comercialização dos produtos, com uma

capacidade exportadora crescente, com gestores e trabalhadores melhor formados e remunerados, onde o

associativismo e o cooperativismo são essenciais para ganharmos escala, transformando-a numa atividade

cada vez mais atraente.

Estamos no caminho certo! Queremos ajudar o País a reganhar a competitividade perdida e a dar

esperança a todos aqueles que se dedicam à agricultura através de um modelo que permita aumentar o

rendimento agrícola e garantir uma dignificação das profissões ligadas à terra, que outrora foram tão

desprezadas.

O Sr. Agostinho Lopes (PCP): — Já agora, explique lá o que faz à exploração leiteira.

O Sr. Pedro Lynce (PSD): — Calma, Sr. Deputado!

Não nos iludamos contudo, porque o caminho a percorrer ainda é longo, e muitos problemas temos de

superar, tanto a nível interno como externo. Para tal, é essencial que o Governo mantenha a aposta no

investimento agrícola, como o afirmou a Sr.ª Ministra, nomeadamente priorizando projetos reprodutivos e

procurando uma distribuição mais equitativa dos fundos comunitários.

Sr.as

e Srs. Deputados, o Partido Comunista, com o seu modelo de desenvolvimento que apelida de

alternativo, levar-nos ia a um tipo de agricultura predominantemente de subsistência, mantendo os agricultores

à margem dos progressos e benefícios alcançados com a inovação, o empreendedorismo e a tecnologia

ocorrida nas últimas décadas.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

O Sr. Presidente (Ferro Rodrigues): — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado João

Galamba.

O Sr. João Galamba (PS): — Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as

e Srs. Deputados:

Encontram-se presentes três Ministros e um Secretário de Estado Adjunto e o que temos é um tremendo

apagão do único assunto que interessa ao País neste momento, que é o Orçamento do Estado. Não houve

uma palavra sobre o descalabro e a insanidade que é este Orçamento do Estado.

Aplausos do PS.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Nós falámos disso!

O Sr. João Galamba (PS): — Mas, Srs. Ministros e Sr. Secretário de Estado, pior do que isso é continuar a

falar de um mundo que não existe e de um ajustamento que só existe na cabeça delirante do Sr. Ministro da

Economia que, acho, esteve aqui a desempenhar as funções de caceteiro-mor do Governo.

Vozes do PS: — Exatamente!

O Sr. João Galamba (PS): — Srs. Ministros e Sr. Secretário de Estado, os senhores deixaram a este País,

este ano, um buraco orçamental de 3500 milhões de euros inteiramente causado pelos efeitos recessivos das

vossas políticas! Não foi causa do Orçamento do Estado de há dois anos, nem do de há três, nem do que há

quatro, nem do 25 de Abril, como falou aqui o Sr. Deputado do PSD. Foi a vossa escolha, uma escolha que