20 DE OUTUBRO DE 2012
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A contribuição inicial, que não tem em conta a dimensão das empresas e a sua capacidade económica e
que ignora que a maior parte do setor empresarial em Portugal é constituída por pequenas e médias
empresas, não faz sentido se se quer preservar a sustentabilidade deste mesmo universo.
Neste sentido, acompanharemos as propostas que estão sobre a mesa, quer para a criação de condições
de sustentabilidade para as pequenas e médias empresas do setor, quer pela necessidade do respeito das
condições e dos quesitos mínimos de concorrência (que aqui estão seriamente comprometidos), quer para a
alteração desta proposta, que favorece, claramente, as grandes empresas, o que nos parece, mais uma vez,
relevar de um radicalismo ideológico de favorecimento das grandes empresas, com o qual, evidentemente,
não pactuamos.
Em suma, acompanhamos as propostas que reponham a justiça e a sustentabilidade do grande número de
pequenas e médias empresas do setor.
Aplausos do BE.
O Sr. Presidente (António Filipe): — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Hélder Amaral.
O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr.as Secretárias de Estado, Sr.as e Srs. Deputados:
Devo reconhecer o esforço que o Partido Comunista Português e o Partido Socialista fizeram para encontrar
uma qualquer crítica na atual lei. É um esforço deveras meritório!
A Sr.ª Hortense Martins (PS): — Acha? Chegaram mais de 100 queixas!
O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Convém saber qual é o ponto de partida.
O que constava do Programa do Governo, o que o próprio PS assumiu e o que estava na Diretiva era:
facilitar e criar condições de retirada de custos de contexto. Ou seja, um licenciamento mais fácil e,
obviamente, com justiça para os operadores — e isso está conseguido. Aliás, não estava totalmente
conseguido na lei que o PS fez, mas se o PS tivesse sido competente na feitura dessa lei, hoje não estaríamos
aqui a ter necessidade de fazer qualquer apreciação!
Protestos da Deputada do PS Hortense Martins.
Na altura, o Partido Socialista esqueceu-se de fazer a devida distinção, com clareza, do que é uma agência
de viagens, confundiu, transformou tudo e causou confusão no setor e naqueles que deviam contribuir para o
Fundo — esqueceu-se de definir o que é uma agência organizadora, o que não é uma agência organizadora,
quais os critérios de justiça… Esqueceu-se! E esqueceu-se de defender as próprias agências de viagens
nacionais, em detrimento da concorrência desleal com empresas estrangeiras,…
Protestos da Deputada do PS Hortense Martins.
… e esqueceu-se até de pôr o Estado como parceiro e não como concorrente das agências de viagens!
A Sr.ª Hortense Martins (PS): — Não é nada disso!
O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Quanto à atual lei, a Sr.ª Deputada Hortense Martins diz que o CDS,
que sempre defendeu os contribuintes e as PME, agora não o faz, mas vou dar -lhe um exemplo que
demonstra o contrário: com a lei do PS, qualquer agência que hoje abrisse pagava 5000 €. Sabe quanto paga
agora, Sr.ª Deputada? De 350 € até 2500 €, mas espaçados no tempo.
A Sr.ª Hortense Martins (PS): — A lei refere 2500 €!
O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Consegue dizer que isso não é uma ajuda às PME? Sr.ª Deputada, até
onde chega o topete!