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31 DE OUTUBRO DE 2012

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O Sr. Deputado falou do dinheiro que está guardado para uma eventual necessidade de recapitalizar a

banca, falou de 7500 milhões de euros, quando a Sr.ª Secretária de Estado, na semana anterior, disse que

havia 3500 milhões.

A Sr.ª Presidente: — Queira fazer o favor de terminar, Sr. Deputado.

O Sr. Luís Menezes (PSD): — Termino já, Sr.ª Presidente.

Esses 3500 milhões são altamente necessários nos tempos de enorme incerteza que vivemos. O Sr.

Deputado António José Seguro não sabe que, se houver algum problema na banca e o Estado não tiver essa

capacidade de recapitalizar a banca, o que está em causa são os depósitos de milhares, de milhões de

portugueses?!

É uma irresponsabilidade!

Aplausos do PSD.

Já agora, o Sr. Deputado António José Seguro acabou de dizer que o Primeiro-Ministro não defende os

interesses de Portugal no estrangeiro. Pois bem, em menos de um mês depois de tomar posse, conseguiu

reduzir, em mais de 800 milhões de euros/ano a fatura de juros que os senhores negociaram mal!

Termino, Sr.ª Presidente, perguntando muito concretamente ao Sr. Deputado António José Seguro que

alternativas concretas, palpáveis e com números, tem o Sr. Deputado para apresentar ao País, que não

aumentem a despesa e que sejam responsáveis. Sr. Deputado, se foi só o que ouvimos da tribuna, se foi só

essa conversa fiada, em relação a isso estamos bem conversados!

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

A Sr.ª Presidente: — Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado António José Seguro.

O Sr. António José Seguro (PS): — Sr.ª Presidente, Sr. Deputado Luís Menezes, quero dizer-lhe que o

País compreende por que é que as Sr.as

e os Srs. Deputados da bancada do PSD — tenho de reconhecer e

fazer a justiça de dizer que não são todos, mas a maioria — só falam do passado.

Protestos do PSD.

É porque os senhores não têm nenhum resultado para apresentar, fruto da vossa política. Nenhum

resultado!

O Sr. Carlos Zorrinho (PS): — É claro!

O Sr. António José Seguro (PS): — E, pior do que isso, não têm nenhuma estratégia para o futuro,

absolutamente nenhuma!

Aliás, o que seria normal, de um Primeiro-Ministro que tivesse alguma estratégia para o País, era que,

neste Orçamento do Estado, começasse por avaliar os resultados da execução do primeiro Orçamento, coisa

que o Primeiro-Ministro sempre se escusou a fazer, e, em segundo lugar, pudesse dizer aos portugueses, em

verdade, o que é que se espera para 2013. Mas não fez absolutamente nada disso. O que o Primeiro-Ministro

fez foi tentar fugir, como o diabo da cruz, de discutir este Orçamento do Estado, lançando a necessidade da

refundação do Memorando.

Vozes do PS: — Muito bem!

O Sr. António José Seguro (PS): — E sabem porquê?

Vozes do PS: — Têm vergonha!