2 DE NOVEMBRO DE 2012
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e para os utentes, logrando o objetivo de garantir mais médicos de família, ou seja, trata-se de um acordo que
é sólido nos compromissos e solidário nas responsabilidades.
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
Este esforço de concertação socioprofissional constitui uma aposta concreta, não apenas de palavras, e
sem paralelo nos últimos anos, mostrando o apoio inequívoco a um pilar do Estado social que é o Serviço
Nacional de Saúde.
O número de utentes com médicos de medicina geral e familiar será ampliado, em proporção ao acréscimo
de horas de novo trabalho e ao ajustamento do sistema retributivo.
Ao longo de 2013 serão organizados ficheiros de utentes, conforme acordado com as estruturas médicas,
por forma a adequá-los às necessidades reais do País, já que existem hoje mais registos de utentes do que de
portugueses, como todos sabem.
Será, em breve, concluído o plano de abertura de vagas para ingresso de internos nas várias carreiras
médicas, até 2000 novos lugares para novos médicos, e serão abertos procedimentos para a progressão na
categoria superior.
O recurso a prestações de serviços médicos só será efetuado em situações de estrita necessidade e
devidamente fundamentado. Trata-se, mais uma vez, de uma aposta clara e inequívoca no Serviço Nacional
de Saúde.
A resolução qualificada dos problemas da saúde por uma rede de cuidados de saúde primários de
proximidade corrige assimetrias de acesso e de cobertura, de natureza regional ou social, a adequação das
estruturas e da organização, incluindo a atualização do registo de utentes, indo-se, deste modo, garantir um
médico de família para todos e cada um, antes do final desta Legislatura.
Vozes do PSD: — Muito bem!
O Sr. Ministro da Saúde: — Em cada ano, estamos ainda a efetuar mais cirurgias programadas do que no
anterior. Trata-se de direitos dos cidadãos, de garantias do Estado social e de compromissos deste Governo.
A transferência gradual de alguns cuidados atualmente prestados em meio hospitalar para estruturas de
proximidade aposta na prevenção e será continuada em 2013. O aproveitamento e o desenvolvimento dos
meios já existentes, com o reforço de cuidados continuados integrados, permitirá instituir, por metas faseadas,
uma rede de âmbito nacional de cuidados paliativos.
A concretização da reforma hospitalar refletirá a visão integrada e mais racional do sistema de prestação,
racionalizando-o e concentrando-o. Não se trata apenas de aberturas ou encerramentos, não se resume
apenas à reorganização da oferta, trata-se de uma mudança de fundo, qualitativa.
Constituem vetores estratégicos a maior integração de cuidados de saúde, o incremento da eficiência das
unidades hospitalares, o incremento da qualidade dos serviços prestados, o reforço das tecnologias de
informação, a melhoria da governação, o reforço do papel do cidadão e a reorganização do trabalho clínico.
É importante destacar que temos em vista assegurar uma política coerente de investimento em sistemas de
informação, que permita a otimização de fontes de dados existentes e a sua transformação em informação útil.
A desmaterialização crescente de todos os processos administrativos e clínicos das entidades prestadoras
de cuidados promove a eficácia e a rapidez da resposta. A implementação progressiva da emissão de uma
nota informativa de custos dos serviços do SNS evidenciará, de forma transparente, o custo dos serviços
prestados aos utentes.
A plataforma de dados de saúde relaciona e permite a partilha entre diferentes tipologias de unidades
prestadoras de cuidados, e também com o próprio utente.
Esta plataforma contribui ainda para a recolha oportuna e crítica de dados de saúde de utilidade
epidemiológica e de investigação, pelo que convido os Srs. Deputados a inscreverem-se no Portal da Saúde e
a enviarem as suas críticas e sugestões.
O desempenho dos hospitais, centros de saúde e serviços fica mais transparente sob a avaliação exigente
da tutela e dos beneficiários, incluindo a prestação pública de contas.