I SÉRIE — NÚMERO 21
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O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Sr.ª Presidente, Sr.ª Deputada Isabel Santos, provavelmente
não percebeu — culpa minha, certamente — a proposta do PSD e do CDS, mas se a tivesse lido tinha
percebido, porque é muito simples.
Eu disse, até várias vezes — podia ter ouvido —, que esta maioria não propõe uma solução; entrega a
solução à concertação social. É uma questão de respeito pelos parceiros sociais.
Vozes do CDS-PP: — Exatamente!
O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Não consideramos que sabemos melhor programar aquilo
que é a gestão de um orçamento familiar do que sabem aqueles que representam as famílias,
designadamente, dos trabalhadores das instituições sindicais.
Que fique claro o seguinte: não vale toda a demagogia a propósito desta solução. Quando se propõe à
concertação social encontrar uma solução no âmbito do Orçamento de 2013 é porque a solução é para o
Orçamento de 2013. Os senhores querem fazer uma discussão demagógica sobre a eventual retirada de
direitos.
Fica, desde já, a saber que não conta com a bancada do CDS nem para a demagogia nem para retirar
esses direitos!
Aplausos do CDS-PP e do PSD.
A Sr.ª Presidente: — Relativamente aos artigos 29.º — Contratos de docência e de investigação, 30.º —
Transferências da Fundação para a Ciência e a Tecnologia, IP, para as instituições do Sistema Científico e
Tecnológico Nacional, 31.º — Entregas nos cofres do Estado e 32.º — Situações vigentes de licença
extraordinária, não há inscrições.
Para o artigo 33.º — Proibição de valorizações remuneratórias, estão inscritos, para já, os Srs. Deputados
Michael Seufert, do CDS, e Emídio Guerreiro, do PSD.
Tem a palavra o Sr. Deputado Michael Seufert.
O Sr. Michael Seufert (CDS-PP): — Sr.ª Presidente, Srs. Deputados, Srs. Membros do Governo, a
proibição de valorização remuneratória apanhou por tabela uma classe profissional que, em rigor, não se
deveria enquadrar nela. Estamos a falar daqueles professores universitários, professores do politécnico e
investigadores que estão abrangidos pelos respetivos estatutos da carreira docente. E não deveria, porque
estas classes profissionais não beneficiam, em rigor, de progressões na carreira. Adquirem novas
competências, nomeadamente um doutoramento, e com essas novas competências adquirem novas
responsabilidades no âmbito das respetivas carreiras e instituições. Os doutorados passam, por exemplo, a
orientar trabalhos de mestrado e teses científicas na universidade. Por isso, é nosso entendimento que a
proposta 153-C, apresentada pelo Partido Ecologista «Os Verdes», no sentido de não prejudicar essa
valorização remuneratória nos casos referidos, é uma proposta que devemos viabilizar, sendo esse o sentido
da nossa intervenção.
Aplausos do CDS-PP.
A Sr.ª Presidente: — Tem a palavra o Sr. Deputado Emídio Guerreiro.
O Sr. Emídio Guerreiro (PSD): — Sr.ª Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as
e Srs. Deputados, no
espírito de abertura que deve presidir a este debate e valorizando as propostas dos demais partidos, devo
dizer que a bancada do PSD vai acompanhar a proposta 153-C, apresentada pelo Partido Ecologista «Os
Verdes», cumprindo, desta forma, os consensos que existem nos vários grupos parlamentares. Penso que
este é um bom exemplo, que contraria um pouco o debate que hoje já teve lugar.
Aplausos do PSD e do CDS-PP.