28 DE NOVEMBRO DE 2012
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O Sr. Pedro Jesus Marques (PS): — Não ouviu nada!
O Sr. Secretário de Estado das Obras Públicas, Transportes e Comunicações: — Em segundo lugar, o
PS propõe que as taxas internas de rentabilidade (TIR), que estavam contratadas, se mantenham e que,
acima disso, haja uma taxa.
Ora, a nossa proposta de renegociação é a de que as taxas de rentabilidade, que estão contratadas,
baixem, reduzam!
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
A Sr.ª Sónia Fertuzinhos (PS): — Diga lá que não aumenta a despesa!
O Sr. Secretário de Estado das Obras Públicas, Transportes e Comunicações: — Em terceiro lugar,
introduzir rigor orçamental significa estimar as receitas de portagem em função da realidade e não da utopia.
Imaginar que, em 2013, se iriam cobrar 590 milhões de euros de portagem, como os Srs. Deputados previram,
quando prepararam, enquanto Governo, o Orçamento do Estado para 2011, isso, sim, era uma utopia; nós
introduzimos realidade e estimamos cobrar, de portagem, 270 milhões de euros.
O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Com mais recessão, esse valor ainda vai baixar mais!
O Sr. Secretário de Estado das Obras Públicas, Transportes e Comunicações: — Os utentes pagam
270 milhões, os contribuintes pagam 720 milhões de euros, face aos 970 milhões que estavam contratados,
nos contratos assinados pelo Partido Socialista. Esta é a verdade, não há outra!
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
A Sr.ª Sónia Fertuzinhos (PS): — Não desmentiu nenhum número!
A Sr.ª Presidente: — Tem a palavra, para uma intervenção, o Sr. Deputado Hélder Amaral.
O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Sr.ª Presidente, Srs. Membros do Governo, Sr.as
e Srs. Deputados:
Quero apenas dizer, sobre esta matéria, que o que está aqui em causa, verdadeiramente, é algo que é certo
contra algo que é incerto e, portanto, a opção tem de ser muito clara.
Se olharmos, com atenção, contrato a contrato, concessão a concessão e o Partido Socialista conseguir
dizer uma que tenha funcionado bem, talvez possamos encontrar bondade na proposta do Partido Socialista.
O que é certo é que os estudos de tráfego — diz o insuspeito Eng.º João Cravinho — são o pecado dos
pecados, estão todos inflacionados, estão todos fora da realidade.
O Sr. Michael Seufert (CDS-PP): — Bem lembrado!
O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — A realidade é que, verificados os estudos, os dados de tráfego estão
inflacionados, umas vezes para justificar obra, outras vezes, pura e simplesmente, para fazer obra e ganhar
eleições.
O Sr. Michael Seufert (CDS-PP): — Bem lembrado!
O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — De outra razão, o que é que explica seis subconcessões, sem visto
prévio, em véspera de eleições?! Vamos ver quanto é que isso dará!
Portanto, a proposta do Partido Socialista é algo que levanta sérias dúvidas, do ponto de vista jurídico, é
algo que levanta sérias dúvidas, do ponto de vista dos riscos que estão nos contratos, é algo que é
completamente incerto, contra uma proposta certa, aferível e que já se começa a verificar.