1 DE FEVEREIRO DE 2013
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A Sr.ª Presidente: — Srs. Deputados, Srs. Jornalistas, está aberta a sessão.
Eram 15 horas e 7 minutos.
Peço aos Srs. Agentes da autoridade o favor de abrirem as galerias.
Hoje, não há expediente para leitura, pelo que vamos dar início à ordem do dia. Como sabem, o primeiro
ponto consiste no proferimento de declarações políticas. Segue-se: a discussão conjunta do projeto de
resolução n.º 473/XII (2.ª) — Recomenda ao Governo a ponderação do número de dependentes para a
isenção de taxas moderadoras (PS) e, na generalidade, do projeto de lei n.º 339/XII (2.ª) — Altera o cálculo
dos critérios de insuficiência económica para acesso à isenção de pagamento de taxas moderadoras no
Serviço Nacional de Saúde (BE); o debate do projeto de resolução n.º 501/XII (2.ª) — Recomenda ao Governo
que promova a realização e a emissão em canal aberto de serviço público de um programa televisivo semanal
sobre agricultura e mar (PSD e CDS-PP); e a apreciação, em conjunto, da petição n.º 121/XII (1.ª) —
Apresentada pela Comissão de Utentes do Centro de Saúde de Vizela, solicitando à Assembleia da República
o prolongamento do horário de funcionamento do Centro de Saúde, durante a semana e a sua reabertura aos
sábados, domingos e feriados, e do projeto de resolução n.º 593/XII (2.ª) — Recomenda ao Governo o
prolongamento do horário de atendimento nas USF Physis e Novos Rumos, em Vizela (BE).
Há ainda uma intervenção por direito regimental próprio, do Sr. Deputado Rui Santos, do PS, nos termos
do artigo 76.º, n.º 2, do Regimento.
Srs. Deputados, vamos, então, começar pelas declarações políticas, cuja ordem é a seguinte: PSD, PS,
CDS-PP, PCP e BE.
O PSD é o primeiro partido a proferir a sua declaração. Tem a palavra o Sr. Deputado Nuno Encarnação.
O Sr. Nuno Encarnação (PSD): — Sr.ª Presidente, Sr.as
e Srs. Deputados: «Valorizar» foi o nome dado ao
programa apresentado recentemente, em Conselho de Ministros, que tem como principal objetivo responder
aos programas da coesão territorial e à sua competitividade.
A título de exemplo, contempla um sistema de incentivos de apoio local a microempresas (em territórios
com problemas de interioridade), estimado em 38,5 milhões de euros. Prevê uma linha de financiamento para
projetos empresariais (que inclui fundo de maneio para suportar custos associados à realização de projetos
aprovados no QREN), no valor de 200 milhões de euros.
«Valorizar» é também isto, é incentivar o crescimento sustentável, o emprego e a coesão territorial para
muitos concelhos que, por serem do interior ou de baixa densidade populacional, foram esquecidos por
anteriores Governos.
Este Governo não quer esquecer metade do País, nem tão-pouco resolver o problema, atirando alcatrão
para as estradas, iludindo todos, dizendo que se pagavam a si próprias e que, assim, valorizavam todos os
que lá viviam.
Valorizar o País é o que todos nós pretendemos.
Fez ontem um ano que os juros da dívida pública (a 5 anos) atingiram um recorde de 20,37%. Na passada
semana, este Governo emitiu dívida pública (a 5 anos) e vendeu-a nos mercados a um valor de 4,89%.
Na opinião do PS, foi obra e graça do «Espírito Santo»… ou do BCE. Inimaginável, Srs. Deputados!
O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Não, o Espírito Santo participou!
O Sr. Nuno Encarnação (PSD): — Todo este sucesso, associado ao esperado cumprimento do défice,
provocou um rombo estrondoso no Partido Socialista.
O Partido Socialista percebeu que o ciclo se tinha invertido, que já cheirava a festa. O mealheiro ia voltar a
encher! De tal forma que uma ex-Secretária de Estado do Eng.º José Sócrates (a Sr.ª Deputada Ana Paula
Vitorino) veio pedir, esta semana e em nome do PS, que acabassem as portagens nas ex-SCUT do interior e
sul. Portagens, jamais! — o Eng.º Mário Lino reencarnava de novo.
O inevitável Dr. Paulo Campos (a quem o País tanto deve em alcatrão), frisou ainda que, na qualidade de
Deputado eleito pela Guarda, fez este mesmo pedido.