O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

1 DE FEVEREIRO DE 2013

7

Porém, não nos demitimos de desafiar o Governo e as bancadas da maioria para, no imediato, corrigir três

questões: primeiro, a suspensão imediata do pagamento de retroativos nas rendas; segundo, a garantia, para

quem estiver desempregado, de que não pode ser despejado enquanto mantiver essa situação; terceiro, a

garantia da total igualdade entre senhorios e inquilinos no acesso à justiça.

Vozes do BE: — Muito bem!

A Sr.ª Helena Pinto (BE): — Termino, Sr.as

e Srs. Deputados, com uma situação real, de entre muitas: a

D.ª Teresa tem 72 anos, vive na Mouraria, os seus rendimentos são uma pensão de sobrevivência no valor de

254 €, paga 25 € de renda. Recebeu uma carta, taxativa, ameaçadora, de uma imobiliária: «A sua renda passa

para 200 €».

Qual é a resposta da ética social? A nossa está dada. Falta a resposta do Governo e da maioria que o

sustenta!

Aplausos do BE.

A Sr.ª Presidente: — Agradeço à Sr.ª Deputada Helena Pinto por não se ter importado com a alteração da

ordem das declarações políticas.

Inscreveram-se, para pedir esclarecimentos, os Srs. Deputados António Leitão Amaro, do PSD, Paulo Sá,

do PCP, Artur Rêgo, do CDS-PP, e Pedro Farmhouse, do PS.

A Sr.ª Deputada fez saber que responderá um a um.

Tem a palavra o Sr. Deputado António Leitão Amaro, do PSD.

O Sr. António Leitão Amaro (PSD): — Sr.ª Presidente, Sr.ª Deputada Helena Pinto, agradeço-lhe por ter

trazido este tema ao debate, mas já não lhe posso agradecer pela forma como o colocou. É, aliás, uma forma

que vem marcando o Bloco de Esquerda: a demagogia e a falta de rigor.

Pensei que a Sr.ª Deputada nos viesse dizer que o Bloco de Esquerda, na sua página da Internet, tem um

simulador que está errado. O Bloco de Esquerda tem, na sua página da Internet, um simulador de cálculo de

renda que calcula de forma errada os rendimentos e, por isso, as cláusulas de proteção dos cidadãos.

Sr.ª Deputada, o que não vale é enganar os portugueses, mas temos a certeza de que foi de forma

involuntária.

Aplausos do PSD.

Porque temos a certeza de que foi de forma involuntária, o Bloco de Esquerda tem esta oportunidade para

fazer o mea culpa e pedir aos seus técnicos informáticos para corrigirem o erro em que estão a induzir os

portugueses.

Mas esse não é apenas o único erro que cometem, Sr.ª Deputada.

A linha telefónica de que falam está em funcionamento, são atendidas cerca de 200 chamadas por dia,

segundo informações do IHRU (Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana).

Mas não é só essa a única forma de o IHRU, e, por isso, o Estado, informar os arrendatários, informar os

portugueses. Também existe uma linha de e-mail e atendimento presencial.

A Sr.ª Deputada, provavelmente, fala sem ter testado, fala sem ter ido tentar qualquer destas formas. E o

que quer fazer? Quer lançar a confusão, deixando os portugueses confusos e com medo de uma realidade

que não existe.

Protestos do BE.

O Sr. Carlos Abreu Amorim (PSD): — É lamentável!

O Sr. António Leitão Amaro (PSD): — Mais: a Sr.ª Deputada veio dizer aos portugueses que eles estão

desprotegidos e engana-os porque não quer ler a lei que aqui aprovámos. É que não se trata apenas dos