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I SÉRIE — NÚMERO 48

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Eram os primeiros pedidos à lamparina mágica, que apenas custariam ao Estado português cerca de 3000

milhões de euros, ao longo dos anos de contrato.

O Sr. Luís Menezes (PSD): — Uma vergonha!

O Sr. Nuno Encarnação (PSD): — Não, Aladino! O Governo dirá que não, a bem da Nação!

É este o PS que conhecemos, de que todos se lembram: um PS que só governa com dinheiro nos bolsos e

que desaparece quando os bolsos do Estado ficam vazios.

O Sr. Luís Menezes (PSD): — Muito bem!

O Sr. Nuno Encarnação (PSD): — À mínima perspetiva de melhoria do Estado, não resistem à tentação

de pedir logo que se esbanje. É o princípio dos compradores compulsivos nos saldos: gastam sempre a

pensar que poupam. Tinha de dar no que deu…

Numa destas noites, o largo do Rato viveu uma das maiores madrugadas da sua história. Um conjunto de

notáveis socialistas, muitos dos quais aqui presentes, discutiam a reforma… Não a reforma do Estado mas,

sim, a reforma do partido, a «reforma antecipada» do Dr. Seguro, a «contratação» do Dr. Costa e a

«subvenção vitalícia» do Dr. Silva Pereira. «Azar dos Távoras», nada disto aconteceu!

Esta «troica» que reside agora no largo do Rato, não cobrando juros, não pagando as dívidas políticas e

adiando o reembolso das mesmas, é a exata receita que querem aplicar a este País.

Discutir a reforma do PS é mais importante para a bancada socialista do que discutir a reforma e a

sustentabilidade do Estado.

Discutir a reforma do Estado numa comissão eventual na Assembleia da República parece ser pecado,

mas não discuti-la é defender o País.

Diretas já! Mas poupar já? Não!

De facto, com que PS poderíamos discutir tudo isto? Com o PS do Dr. Seguro, do Dr. Costa ou do Eng.º

Sócrates? Já percebemos que com nenhum deles.

E por que é que não discutem todos estes PS estas reformas? Talvez porque a única ideia é ser poder,

mesmo sem ideias.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Estes vários PS foram responsáveis (nos Governos do Eng.º José Sócrates) por elevar o desemprego, de

2005 a 2011, em mais de 238 000 desempregados, por chegar a um pico do défice, em 2009, de 10,2% (com

o então credível Prof. Teixeira dos Santos), e por fazer crescer a dívida pública, de 2005 a 2011, de 97 000

milhões de euros a 184 000 milhões de euros.

E não contentes com tamanha dívida, ainda tiveram de pedir mais 78 000 milhões de euros em 2011, pelas

mãos estendidas do Eng.º Sócrates.

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. Nuno Encarnação (PSD): — Como é possível que um partido que deixou tamanhas proezas a todos

nós portugueses, agora fuja da discussão urgente da redução do peso do Estado? Não haverá nenhum

português que entenda tal atitude.

Quem causou estes graves problemas devia oferecer-se como voluntário para ajudar a resolvê-los.

Gostava de saber, então, onde é que, no entendimento do PS ou da esquerda unida e bicéfala, se deve ter

este debate.

Como é que a esquerda bicéfala, que acusa o Governo de cobardia, explica a fuga a um debate destes,

essencial para o País? E longe de nós falar em cobardia…

Para o PCP, a prioridade é Loures — está tudo dito e esperar mais é uma utopia.