I SÉRIE — NÚMERO 79
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defendemos esse tipo de visão: no nosso PENT, no verdadeiro Plano Estratégico Nacional do Turismo, a
designação desse produto turístico era «touring cultural e paisagístico».
Vozes do PSD: — Ah!…
A Sr.ª Hortense Martins (PS): — E, dentro do touring cultural e paisagístico, estava incluída a questão do
turismo religioso. No entanto, também concordamos que o turismo religioso pode ser destacado.
Portanto, o que é que este Governo fez? Alterou o nome desse produto — porque são na mesma 10
produtos — e passou a chamar-lhe «circuitos turísticos religiosos e culturais». Ora aí está a grande diferença!
O que importa, Sr.as
e Srs. Deputados, é que se dê importância ao que aqui está presente e se ponha em
prática, em termos de investimento. Por exemplo, agora vai haver um Sr. Ministro Adjunto e do
Desenvolvimento Regional?! Pois, queremos saber o que acontece com o novo QREN para o período de 2014
a 2020, porque os Srs. Deputados e o Governo têm, neste pequenino PENT, uma oportunidade perdida, uma
vez que, em termos de desenvolvimento regional, este PENT é zero!
Aliás, bastariam ter lido o livro do Prof. Licínio Cunha, ex-Ministro de um Governo de Cavaco Silva, e teriam
verificado que ele diz que um dos aspetos mais valiosos que o PENT aportava eram os polos de
desenvolvimento regional, mas os senhores simplesmente acabaram com eles — Serra da Estrela, Douro,
Oeste, Alqueva, e por aí fora.
O que é que os senhores têm em termos de desenvolvimento regional? Zero, Srs. Deputados!
O Sr. Presidente (António Filipe): — Queira concluir, Sr.ª Deputada.
A Sr.ª Hortense Martins (PS): — Concluo já, Sr. Presidente.
Além do mais, os Srs. Deputados fizeram uma grande confusão, porque nem sequer as leis que fazem
condizem uma com a outra! A Lei das Entidades Regionais de Turismo, ainda há pouco aprovada, nada tem a
ver com o PENT. Ora aí está! Trabalham muito bem…
Nós queremos que trabalhem melhor, porque continuamos a exigir um verdadeiro Plano Estratégico
Nacional do Turismo.
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente (António Filipe): — Sr.as
e Srs. Deputados, a Mesa não regista mais inscrições
relativamente a este ponto, ficando assim concluída esta discussão e a ordem de trabalhos de hoje. Os
projetos de resolução que acabámos de discutir serão votados na sessão regimental de votações.
A próxima sessão plenária realizar-se-á amanhã, pelas 15 horas, com a ordem de trabalhos que passo a
enunciar.
Em primeiro lugar, temos a discussão, na generalidade, da proposta de lei n.º 133/XII (2.ª) — Estabelece as
bases do ordenamento e da gestão do espaço marítimo nacional.
Em segundo lugar, a discussão conjunta dos projetos de resolução n.os
612/XII (2.ª) — Por uma política
pública de crédito para o relançamento da economia (BE) e 684/XI (2.ª) — Financiar o investimento para dever
menos (PCP).
Em terceiro lugar, a apreciação da petição n.º 198/XII (1.ª) — Da iniciativa da FENPROF, CONFAP,
FNSFP, SIEE, STAL e CNIPE, solicitando à Assembleia da República o reforço das verbas destinadas à
educação, tornando-as suficientes ao normal funcionamento das escolas e à promoção da qualidade do
ensino, conjuntamente com o projeto de resolução n.º 681/XII (2.ª) — Reforço do investimento público em
educação (BE).
Em quarto e último lugar, a apreciação da petição n.º 212/XII (2.ª) — Apresentada por António Manuel
Neves Vicente e outros, solicitando à Assembleia da República o cumprimento das obrigações legais do
Estado para com o ensino superior e a ciência, conjuntamente com o projeto de resolução n.º 682/XII (2.ª) —
Adequação das remunerações universitárias aos graus e títulos académicos (BE).
Srs. Deputados, está encerrada a sessão.