17 DE MAIO DE 2013
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A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Pessoal?
O Sr. Luís Menezes (PSD): — Da bancada, Sr.ª Presidente.
A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Tem a palavra, Sr. Deputado.
O Sr. Luís Menezes (PSD): — Sr.ª Presidente, Sr.ª Deputada Heloísa Apolónia, aquilo que disse sobre o
Governo e sobre esta maioria no que respeita à forma como tratamos o texto constitucional não só é
perfeitamente…
Protestos do PCP.
Repito, as palavras que disse sobre o Governo e sobre esta bancada — e esta bancada faz parte dessa
maioria…
O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Correto, verdadeiro, acertado!
O Sr. Luís Menezes (PSD): — A grande questão que se põe aqui é a de que não podemos admitir lições
sobre a forma como analisamos ou não o texto constitucional de qualquer partido desta Câmara, porque
também não temos a veleidade de querer dar lições de constitucionalidade ou de democracia a nenhum
partido desta Câmara.
A visão que temos do projeto que Os Verdes apresentam hoje nesta Câmara é clara: o PSD acha — falo
em nome do PSD — que já há inúmeras referências ao texto constitucional que têm servido para que haja um
conhecimento da Constituição por parte dos nossos concidadãos.
O facto é só um: no respeito democrático, mas também no respeito pela diferença democrática, devemos
distinguir claramente o que deve ser distinguido.
Distingue-nos uma ideia sobre a questão do ensino do texto constitucional e devemos saber respeitar-nos
uns aos outros. Mas lições de democracia de nenhum partido devem ser dadas a outro partido, porque se
estamos todos aqui é porque fomos todos eleitos democraticamente. Todos, sem exceção!
Aplausos do PSD.
Acho que devemos, nesse aspeto, salientar as nossas diferenças e batalhar nas nossas divergências, mas
respeitar aquele texto constitucional que a todos nos elegeu de igual para esta Câmara.
Aplausos do PSD.
A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Sr.ª Deputada Heloísa Apolónia, querendo responder, tem a palavra.
A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — Sr.ª Presidente, Sr. Deputado Luís Menezes, quero dizer-lhe que
não me sinto no direito de dar lições a ninguém, nem tão-pouco no dever. Se o entendeu assim, quero pedir-
lhe desculpa, porque não foi minimamente essa a minha intenção. Não o faço, recuso-me a dar lições. Nem
pensar!
Agora, Sr. Deputado, vai desculpar-me, mas eu fiz uma leitura política e esta Casa é o centro das leituras e
das discussões políticas.
A Sr.ª Rita Rato (PCP): — Qualquer dia não se pode falar de política aqui!
A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — Eu penso do seguinte modo: sobre um Governo e uma maioria
que o suporta e que votou na Assembleia da República dois Orçamentos do Estado inconstitucionais, fico um
bocado…