8 DE JUNHO DE 2013
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Todo este percurso é no sentido de repormos a confiança nacional e conquistarmos a credibilidade junto
dos nossos credores e investidores externos.
Vozes do PSD: — Muito bem!
A Sr.ª Elsa Cordeiro (PSD): — Sr.as
e Srs. Deputados: O Documento de Estratégia Orçamental explicita
aquelas que são as restrições financeiras a que o Estado está sujeito e que determinam o esforço de
consolidação orçamental que é necessária para cumprir as metas e compromissos que assumimos no
Programa de Ajustamento.
Vozes do PSD: — Muito bem!
A Sr.ª Elsa Cordeiro (PSD): — A estratégia orçamental apresentada estipula a redução da despesa
pública que colaborará para a diminuição do défice orçamental.
As projeções apresentadas para a dívida pública apontam para uma estabilização do seu peso no PIB até
2014, iniciando a partir daí uma trajetória descendente.
Isso não significa, porém, que nos esteja reservado um caminho de facilidades. Após junho de 2014, as
exigências ainda serão muitas e os riscos continuarão a ser elevados. Grandes desafios ainda nos esperam,
mas são limitadas as opções para os encararmos.
As opções são basicamente duas: ou persistimos numa postura de rigor na prossecução da consolidação
orçamental e de redução da dívida pública;…
Vozes do PSD: — Muito bem!
O Sr. João Galamba (PS): — Qual rigor?
A Sr.ª Elsa Cordeiro (PSD): — … ou regressamos ao passado — …
Protestos do Deputado do PS Pedro Jesus Marques.
… sim, Sr. Deputado Pedro Jesus Marques, ouça! —, a um passado recente de políticas de estímulo ao
consumo público e privado, consumo este invariavelmente assente no endividamento do Estado e das
famílias, com os resultados conhecidos de todos.
Sr. Ministro, sabendo que ambas as opções são possíveis, muito gostaríamos que esclarecesse esta
Câmara, e os portugueses que nos estão a seguir, qual é, afinal, o caminho correto a seguir após junho de
2014.
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
A Sr.ª Presidente: — A próxima pergunta é do PCP.
Tem a palavra o Sr. Deputado António Filipe.
O Sr. António Filipe (PCP): — Sr.ª Presidente, Srs. Membros do Governo, Srs. Deputados, Sr. Ministro de
Estado e das Finanças, esta proposta de Orçamento retificativo tem um peso insólito na área da Defesa
Nacional. Digo insólito porque a única medida que se compreende é a transferência de verbas para o Fundo
de Pensões dos Militares das Forças Armadas, pois o Governo, enquanto completa o centésimo estudo para
concluir pela falência do Fundo, vê-se obrigado a transferir verbas para pagamento dos complementos
legalmente devidos.
O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Ora bem!