20 DE JUNHO DE 2013
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pois a sua atividade vai desde o apoio à infância, que também ajuda todos os pais deste País a poderem ter
as suas carreiras profissionais, acompanha-os durante toda a vida, até à velhice e ao apoio às famílias.
São atividades de cultura, desporto e recreio, são atividades de ensino e de investigação, além de que
podem contribuir para combater as assimetrias regionais, pois têm uma malha nacional única distribuída por
todo o País e que ajudam à promoção da coesão nacional.
O Sr. Michael Seufert (CDS-PP): — Exatamente!
O Sr. Raúl de Almeida (CDS-PP): — Em 2010, só para termos ideia, o terceiro setor representou 2,8% do
valor acrescentado bruto nacional; 4,7% do emprego total; 5,5% do emprego remunerado; e 4,6% do total das
remunerações pagas no País. Neste setor, integravam-se cerca de 55 000 unidades.
Em 2012, os serviços de ação e solidariedade social eram a principal atividade económica, gerando 41,4%
do valor acrescentado bruto nacional.
Está, Sr.as
e Srs. Deputados, para que todos aqui e lá em casa possam compreender, ao nível do que
representa o turismo para Portugal como atividade económica. Porém, nem uma palavra para esta capacidade
geradora de emprego.
Como se pode ignorar o terceiro setor neste combate ao desemprego? É a pergunta que vos deixo. Como
se pode ignorar o trabalho já feito por este Governo, nomeadamente pelo Ministério da Solidariedade e da
Segurança Social, nesta área?
Deixo-vos um apelo, dada a gravidade, a seriedade da questão: que façamos esta discussão com
seriedade e responsabilidade e que cada um de nós, porque os portugueses merecem-nos, não merecem
nada menos do que isto, saiba propor responsavelmente, saiba edificar, saiba construir. Isto porque, hoje, é
este Governo que aqui está, herdou a circunstância política, social e económica que todos conhecem, luta
afincadamente para mudar a vida de todos os portugueses para melhor, mas a vida dos portugueses não
termina hoje, continuará e exige que todos dêmos o melhor de nós na luta contra o desemprego, na luta contra
esta desigualdade social terrível que afeta particularmente os jovens, que queremos preservar e que
queremos que aqui continuem para construir um Portugal melhor.
Aplausos do CDS-PP e do PSD.
O Sr. Presidente (António Filipe): — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Hugo Lopes
Soares.
O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — Sr. Presidente, Sr.as
e Srs. Deputados: Chegámos ao final deste
debate e queremos deixar bem claro que esta bancada não admite a separação que aqui tentaram fazer. Nós
não somos aqueles que estão do lado dos que querem destruir o emprego. Nós não admitimos esse rótulo!
Protestos do PS e do PCP.
Os senhores, neste combate, não são nem mais nem menos do que esta bancada. Nós não admitimos
esse rótulo!
Aplausos do PSD.
Nós estamos do lado daqueles que procuram uma solução.
Protestos do Deputado do PS João Galamba.
No final deste debate, ficou muito claro como é que se divide agora este Parlamento. E o Partido Socialista
juntou-se à esquerda radical, àqueles que utilizam cada desempregado jovem, aqueles que nos estão a ouvir
lá fora, como instrumento, uma arma de arremesso, um objeto de arte política, de chicana política. Isso foi o
que os senhores quiseram fazer neste debate, durante toda a tarde.