I SÉRIE — NÚMERO 15
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A Sr.ª Francisca Almeida (PSD): — Sr.ª Presidente, quando pedi a palavra não fiz questão de fazer uma
declaração de voto oral, sendo que apresentarei uma declaração de voto escrita.
O Sr. João Oliveira (PCP): — Peço também a palavra, Sr.ª Presidente.
A Sr.ª Presidente: — Tem a palavra, Sr. Deputado João Oliveira.
O Sr. João Oliveira (PCP): — Sr.ª Presidente, é para anunciar que o PCP procederá de idêntica forma, isto
é, vai apresentar uma declaração de voto escrita contra aquilo que é o rompimento de um compromisso que
estava assumido desde julho relativamente à votação desta matéria no início da presente Sessão Legislativa.
Aplausos do PCP, do PS e de Os Verdes.
A Sr.ª Presidente: — Os Srs. Deputados assim farão e a Mesa receberá os registos escritos.
Srs. Deputados, está encerrada a sessão.
Eram 13 horas e 43 minutos.
Declarações de voto enviadas à Mesa, para publicação
Relativa aos projetos de resolução n.os
794/XII (2.ª) (Os Verdes) e 855/XII (3.ª) (BE):
Os Deputados do PSD eleitos pelo círculo eleitoral de Faro revêm-se totalmente no teor da intervenção
produzida pelo seu grupo parlamentar durante o debate dos projetos de resolução. Querem, todavia, e a título
complementar, reforçar a sua convicção de que a eletrificação dos troços Faro-Vila Real de Santo António e
Tunes-Lagos, na linha ferroviária do Algarve, é absolutamente necessária por duas razões. Ela permitirá
reduzir em cerca de 40% os custos de exploração, bem como substituir o material circulante. Este
equipamento existe excedentariamente em Lisboa, sendo muito mais recente do que aquele que atualmente
circula no Algarve.
Os grupos parlamentares da maioria PSD/CDS-PP viabilizaram o ponto 2 do projeto de resolução do
Partido Ecologista «Os Verdes» (articulação de horários).
Os Deputados subscritores desta declaração de voto gostariam que essa viabilização tivesse sido
estendida à parte do ponto 1 que refere a eletrificação da via.
Os Deputados do PSD, Mendes Bota — Pedro Roque — Elsa Cordeiro — Cristóvão Norte.
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Relativa ao projeto de resolução n.º 841/XII (3.ª) (PS):
Desde a criação das chamadas atividades de enriquecimento curricular (AEC) pelo anterior Governo PS
que o PCP apresentou muitas críticas a esta opção política.
As AEC representaram e continuam a representar uma desvalorização e empobrecimento do currículo
obrigatório do 1.º ciclo, bem como um processo de degradação da situação sociolaboral dos professores
envolvidos.
O PCP defendeu sempre a integração das áreas curriculares incluídas nas AEC no corpo do currículo
nacional de 1.º ciclo, bem como a concretização de uma política efetiva de monodocência coadjuvada, por
professores que participem com o professor titular de turma no ensino destas áreas. Esta é, aliás, a conceção
que subjaz à própria Lei de Bases do Sistema Educativo que preconiza as expressões (Físico-Motora,
Musical) como parte dos currículos do 1.º Ciclo do Ensino Básico.
As AEC são uma medida de externalização de um serviço pedagógico, com a consequente degradação
dos direitos dos docentes e privatização de parte de currículo. Na verdade, estas áreas deveriam estar