7 DE FEVEREIRO DE 2014
25
Entretanto, assumiu a presidência o Vice-Presidente Guilherme Silva.
O Sr. Presidente: — Faça favor de terminar, Sr. Deputado.
O Sr. Carlos Santos Silva (PSD): — Vou terminar, Sr. Presidente.
Como disse na minha intervenção inicial, isto faz parte de um processo mais vasto que esta maioria
resolveu.
Os Srs. Deputados sabem quantos processos estavam em incumprimento na banca e foram resolvidos
este ano que passou, em 2013? 101 418 créditos à habitação! Créditos à habitação! Sabem porquê? Porque
existem outros regimes! Existe o extraordinário, que é este, para quem tem mais dificuldades, e existe o
regime geral para todos. E foram resolvidos 101 418 processos de crédito à habitação! Famílias que viram
restruturada a sua condição de vida, famílias que estão a pagar prestações viáveis face ao seu nível de
rendimento. Foi isto que esta maioria fez pelos portugueses, pelos 101 418 portugueses que viram este
problema resolvido.
Aplausos do PSD.
Protestos do Deputado do PCP Paulo Sá.
O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Para uma intervenção, tem a palavra a Sr.ª Deputada Cecília
Meireles.
A Sr.ª Cecília Meireles (CDS-PP): — Sr. Presidente, Srs. Deputados: Creio que ficará claro que a postura
do CDS foi séria e responsável desde o princípio não só deste debate, nesta tarde, como desde o princípio em
que começámos a debater esta matéria.
Assim, é com toda a abertura e toda a naturalidade que posso dizer, quer em relação aos projetos do PCP,
quer aos do Bloco do Esquerda, que há vários pontos de que discordo, mas há também vários pontos em que
acho que podemos chegar a um consenso.
Certamente que em relação ao projeto de lei e aos projetos de resolução do PS acontecerá o mesmo, mas
não o posso dizer porque, infelizmente, consultei o sistema e eles ainda não deram entrada no sistema.
Porém, como já deram entrada na Mesa, certamente que não demorará muito e acontecerá o mesmo.
Portanto, a nossa postura é séria e de abertura.
Mas, Srs. Deputados, a dúvida, aqui, não é em relação à posição do CDS, a dúvida é em relação à posição
das bancadas da oposição.
Srs. Deputados, a abertura tem de responder à abertura, o diálogo tem de responder ao diálogo E não é
possível chegar a consenso quando uma parte o deseja e a outra, manifestamente — não quero usar a
expressão «insulta a parte contrária», embora seja isso que hoje aconteceu —, maltrata e é agressiva com a
parte contrária. Não é possível! Ou queremos chegar a soluções ou queremos fazer «um número». Se os
senhores querem chegar a soluções, é muito simples: a «bola» está do vosso lado!
Aplausos do CDS-PP.
O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Sr. Presidente, peço a palavra para interpelar a Mesa.
O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Tem a palavra, Sr. Deputado.
O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Sr. Presidente, o Deputado Carlos Silva afirmou que aquilo que o Bloco
de Esquerda pretende é que as famílias entreguem as casas. Ora, essa afirmação não está veiculada nem no
projeto de lei que o Bloco de Esquerda apresentou nem em qualquer intervenção pública nossa sobre essa
matéria