15 DE MARÇO DE 2014
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Aplausos do CDS-PP e de Deputados do PSD.
Foi esse e não outro o nosso compromisso com os portugueses.
Em segundo lugar, nenhum partido levou aos eleitores, em 2011, a fórmula da coadoção. Por isso, é
irrazoável que os proponentes pretendam ter uma legitimidade de progresso ou acusem os críticos de terem
uma posição de retrocesso. Se a coadoção fosse uma ideia sólida e consistente teria sido proposta aos
eleitores,…
Protestos do PS.
… mas não foi e, não tendo sido, é preferível não legislar num tema tão sensível, sobretudo sem o conforto
de uma maioria absoluta de Deputados em efetividade de funções, maioria que os proponentes sabem não ter,
neste momento, nesta Câmara, relativamente a este tema.
Não se alteram princípios da política de família com base em conjugações respeitáveis, mas aleatórias, de
votos. Seria necessário um mandato coerente e transparente para o fazer, e esse mandato ninguém o pediu,
por isso ninguém o trouxe para esta Câmara.
Em terceiro lugar, o projeto presta-se a ser usado para fins diferentes dos anunciados no título e na
exposição de motivos.
Vozes do CDS-PP: — Muito bem!
O Sr. Filipe Lobo d’Ávila (CDS-PP): — Basta ler o seu artigo 2.º para perceber que se criará um novo
sistema: adotar primeiro e, depois, casar, para chegar à adoção por pessoas do mesmo sexo, dizendo, ao
mesmo tempo, que não se está a legislar sobre esta matéria.
Não é prudente legislar assim, até porque se, no casamento, estamos a falar nos direitos dos adultos, e o
Parlamento já decidiu sobre a matéria, na adoção, estamos a falar dos direitos das crianças. Não se deve
confundir o direito de uma criança ser adotada com outra coisa que é suscetível de inúmeras controvérsias e
muitas discussões, que é o direito de pessoas do mesmo sexo à adoção de crianças.
Sr.ª Presidente, Sr.as
e Srs. Deputados: O CDS sempre achou que o referendo não era prioritário nem
adequado como vinha proposto e sempre entendemos, atendendo à composição do Parlamento, que uma
posição de bom senso podia e devia aqui prevalecer. Pela nossa parte, é o que faremos.
Aplausos do CDS-PP e de Deputados do PSD.
A Sr.ª Presidente: — Tem a palavra a Sr.ª Deputada Heloísa Apolónia.
A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — Sr.ª Presidente, Sr.as
e Srs. Deputados: O que me assusta nas
intervenções como a que o Sr. Deputado Filipe Lobo d’Ávila acabou de fazer é que se percebe perfeitamente
que esta matéria da coadoção, como o Sr. Deputado disse, não é nem nunca será prioridade para si, Sr.
Deputado. Há determinados problemas no País que, para o Sr. Deputado, nunca se pegava e nunca se
resolviam.
Aplausos de Os Verdes, do PS, do PCP e do BE.
Sr.ª Presidente, não quero falar do processo, porque todos o conhecemos, a forma como foi travado, a
forma como foi adiantado, e por aí fora. O que gostava mesmo de dizer é o seguinte: a Assembleia da
República, quando se confronta com injustiças, tem obrigação de as resolver, e é esse o papel que hoje, aqui,
temos oportunidade de assumir.
A Sr.ª Isabel Alves Moreira (PS): — Nem mais!