28 DE JUNHO DE 2014
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Mas também não deixa de ser extraordinário, Sr. Deputado Vieira da Silva, que seja o partido que congelou
pensões sociais e rurais…
Vozes do PSD e do CDS-PP: — Bem lembrado!
Protestos do PS.
A Sr.ª Cecília Meireles (CDS-PP): — … de cerca de um terço dos pensionistas que venha agora reclamar
justiça.
Aplausos do CDS-PP e do PSD.
Porventura, ao Sr. Deputado parecia-lhe mais justo congelar pensões de quem tinha menos de 300 € e
continuar a aumentar as outras.
Protestos do PS.
A nós pareceu-nos mais justo pedir um sacrifício, e sabemos que é um sacrifício, a quem recebia mais de
1000 €, precisamente para poder preservar estas pensões de cerca de 1 milhão dos portugueses.
São escolhas, são as escolhas que fizemos.
Protestos do PS e do PCP.
Mais: também vale a pena dizer que não deixa de ser interessante que seja o partido que negociou o
Memorando, que previa um corte em pensões a pagamento…
O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Exatamente!
A Sr.ª Cecília Meireles (CDS-PP): — … de cerca de 450 milhões de euros, que venha, agora, contestar
isto mesmo.
Protestos do PS.
Não deixa de ser também extraordinariamente interessante!
Perguntava o Sr. Deputado se «foi a política da austeridade», «por que é que terá sido a política de
austeridade», «por que é que a economia não cresceu»… Ó Sr. Deputado Vieira da Silva, pensei que tivesse
percebido que, se calhar, tem alguma coisa a ver com o estado em que o seu Governo deixou o País!
Vozes do PSD e do CDS-PP: — Ora, bem!
Protestos do PS.
A Sr.ª Cecília Meireles (CDS-PP): — Se calhar, tem alguma coisinha a ver, porque, se calhar, se o Sr.
Deputado tivesse tido o cuidado de não deixar o País na bancarrota, não teríamos tido as políticas de
austeridade e o Memorando, que os senhores negociaram.
Aplausos do CDS-PP e do PSD.
Se calhar, não tinha sido preciso! Valia a pena! Valia a pena, mas, pronto! É fácil falar, não é?! É muito
confortável ir gastando, ir gastando, ir gastando e, depois, alguém que venha resolver o problema. Foi o que
aconteceu! E o que aconteceu, também, é que, acabada esta situação de excecionalidade, aquilo que