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I SÉRIE — NÚMERO 13

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A Sr.ª Conceição Bessa Ruão (PSD): — Bem lembrado!

O Sr. Carlos Costa Neves (PSD): — … como voltaríamos ao «orgulhosamente sós», de péssima

memória.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

O que nos afasta das propostas do PCP é, pois, do tamanho do mundo!

É com absoluta convicção que o Grupo Parlamentar do PSD reafirma a opção pela permanente abertura de

Portugal ao mundo, pela consolidação do projeto europeu e pelo reforço da influência da União Europeia, logo,

de Portugal, no processo de globalização.

Assim se assegura a melhor realização das justas expectativas dos cidadãos, a promoção dos legítimos

interesses dos portugueses. Assim se assume a nossa vocação europeia, atlântica e universalista.

Não basta usar as palavras «mundialização» ou «globalização», é preciso compreender a realidade que

exprimem e ser consequente, atuando em conformidade.

Não se defende ou se ataca a globalização, ela é um facto no mundo contemporâneo. Hoje, tudo é global,

tudo é interdependente. Logo, as múltiplas relações que se estabelecem são de uma enorme complexidade.

Todos nos relacionamos com todos, todos interagimos, todos dependemos de todos, todos estamos à

distância de um clic. As relações de vizinhança já não dependem da geografia.

À medida que o mundo se torna mais pequeno, os desafios, as oportunidades, os constrangimentos, os

problemas e as crises envolvem mais pessoas, tornam-se maiores do que os Estados.

Vivemos um momento crucial de transição! Sejamos portugueses, europeus, cidadãos do mundo.

Como acontece onde há vida, sempre que há vida, persistem as entidades que estão em constante

renovação.

Precisamos, pois, de uma União sempre em mutação, adaptando-se sistematicamente às novas

circunstâncias e reconhecendo que, nas sociedades contemporâneas, a interdependência é regra, mas que,

simultaneamente, saiba preservar a sua matriz, a cultura humanista que a caracteriza e o correspondente

sistema de princípios e valores que a enformam.

Há, pois, a União Europeia intemporal, a dos princípios e valores, e uma outra, a das políticas que

respondem ao presente e preparam o futuro.

A União intemporal, Sr.ª Presidente, Srs. Deputados, é a União dos direitos humanos, da tolerância, da

paz, da liberdade, da democracia, do Estado de direito — do Estado de direito, Sr. Deputado! —, da cidadania,

da Carta dos Direitos Fundamentais, do respeito pela vida, do respeito pela dignidade das pessoas, do

respeito pela diferença.

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Muito bem!

O Sr. Carlos Costa Neves (PSD): — É a União da iniciativa, da responsabilidade, da participação, da

inclusão, da mobilidade, da economia social de mercado, da coesão económica, social e territorial, da

igualdade entre Estados-membros e da subsidiariedade.

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. Carlos Costa Neves (PSD): — A União das políticas é, por sua vez, a União do mercado interno, da

livre circulação, do espaço de justiça, do método aberto de cooperação, da União Económica e Monetária, do

euro, da Estratégia Europa 2020, da união política.

O Sr. António Filipe (PCP): — Tanta fartura!

O Sr. Carlos Costa Neves (PSD): — É ainda a União da inovação, da economia cívica, da economia

verde, da economia social, da energia, do digital, do ambiente, dos acordos de comércio livre. É, queremos