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I SÉRIE — NÚMERO 13

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saído do euro, ela pode ocorrer, inclusivamente, de forma forçada e involuntária e Portugal precisa de estar

preparado para essa circunstância,…

O Sr. João Oliveira (PCP): — Exatamente!

O Sr. Paulo Sá (PCP): — … pelo que é necessário estudar estas questões com todo o detalhe ver os

diversos cenários, as medidas a adotar em cada cenário, para maximizar as vantagens de recuperação da

nossa soberania monetária e minimizar os custos.

A Sr.ª Deputada Cecília Meireles também anunciou aqui, a certa altura, as desgraças que ocorreriam no

País na sequência de uma eventual saída do euro. Bem, Sr.ª Deputada, as desgraças que anuncia é a

realidade de hoje!

Aplausos do PCP.

Olhemos para a situação do País: desemprego colossal; emigração em massa de centenas de milhares de

jovens, que não têm quaisquer perspetivas de futuro neste País e têm de sair para o estrangeiro; baixos

salários; economia em recessão ou estagnação — atravessamos um período de recessão de que não há

memória histórica; aparelho produtivo enfraquecido; endividamento público galopante; destruição dos serviços

públicos; degradação dos apoios sociais; agravamento das injustiças e desigualdades sociais.

Protestos do PSD.

As desgraças que a Sr.ª Deputada anunciava são exatamente as que constituem a realidade de hoje. Foi a

isto que a política da troica nos conduziu e que o PS, o PSD e o CDS pretendem perpetuar, amarrando o País

ao tratado orçamental e a outros instrumentos de submissão. E, nesse quadro, o futuro que oferecem aos

portugueses é um futuro de eterno e permanente empobrecimento.

É exatamente para pôr fim a esta política e para dar uma perspetiva de futuro aos portugueses que

avançamos com estas três propostas: renegociação da dívida, controlo público da banca e libertação do País

da submissão ao euro.

Protestos do PSD.

Queria apenas deixar uma nota final para dizer, Sr.ª Deputada Cecília Meireles e Sr. Deputado Afonso

Oliveira, que nem um nem outro falaram da questão do controlo público da banca. Devem sentir-se pouco à

vontade para fazerem o discurso de defesa de que a banca deve ser privada, depois dos sucessivos

escândalos financeiros na banca, o último dos quais o do BES.

Registamos esse facto, a incomodidade dos partidos, PSD e CDS, em falarem do controlo público da

banca, porque não conseguem defender que a banca deva ser privada, uma vez que os escândalos

financeiros mostram exatamente que o Estado deve assumir o seu controlo.

Aplausos do PCP.

A Sr.ª Presidente: — Fica assim aberto o debate para intervenções. Temos já inscritos os Srs. Deputados

Carlos Costa Neves, do PSD, Pedro Filipe Soares, do Bloco de Esquerda, Eduardo Cabrita, do PS, e Vera

Rodrigues, do CDS-PP.

Dou a palavra, para uma intervenção, ao Sr. Deputado Carlos Costa Neves.

Pausa.

Antes de dar a palavra ao Sr. Deputado Carlos Costa Neves, tenho a indicação de que há um pedido de

interpelação à Mesa do Sr. Deputado Nuno Magalhães. Peço-lhe desculpa, Sr. Deputado.