31 DE OUTUBRO DE 2014
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O Sr. Ministro da Economia: — … pelo que estou em condições de garantir aqui, nesta Câmara, que,
apesar do trabalho pouco cuidado que o Governo que nos antecedeu na execução do QREN,…
O Sr. Pedro Nuno Santos (PS): — Só fala do Governo anterior!
O Sr. Ministro da Economia: — … Portugal atingirá uma taxa de realização de 100% quando o programa
estiver fechado.
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
Relativamente ao tema das parcerias público-privadas, gostava de dizer que, se não fosse a atuação deste
Governo de uma forma continuada pelo meu antecessor e pelo Sr. Secretário de Estado das Infraestruturas,
Transportes e Comunicações, não teria sido possível reduzir os encargos com as parcerias público-privadas
rodoviárias em 33%.
No tempo de vida destas parcerias, o valor a pagar pelo Estado foi reduzido mais de 310 milhões de euros
por ano, de 22,3 mil milhões de euros antes da negociação para 14,8 mil milhões de euros depois das
negociações realizadas por este Governo.
Qualquer taxa ou taxinha que fosse aplicada por iniciativa de algum partido da oposição, seguramente, não
permitiria nem um terço destes ganhos que foram obtidos por renegociação e sem pôr em causa a reputação,
o bom nome de Portugal.
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
Por último, duas palavras, de forma breve.
É verdade, Sr. Deputado Hélder Amaral, a preocupação deste Governo tem sido a de ser um guardião, de
proteger os sinais positivos da economia, num braço de ferro entre as adversidades que puxam ou poderiam
puxar a economia para a estagnação e para a recessão e as energias que puxam a economia para cima. O
Governo tem estado neste braço de ferro sempre a puxar pelo lado positivo da economia. E, demonstrando
que não existe nenhuma obsessão com metas orçamentais cegas, corrigimos a meta-objetivo para 2015, não
cedendo à tentação de aumentar impostos, fosse o IVA ou qualquer outra nova taxa sobre os aeroportos ou a
hotelaria.
Naquilo que depende do Governo nacional, não haverá taxas aeroportuárias, não haverá nenhuma taxa a
onerar os empresários do setor turístico.
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
Trata-se de um setor onde diminuímos, em dois terços, as taxas pagas e os custos de contexto das
agências de viagens. Diminuímos até em 80% as taxas pagas pela animação turística, eliminámos as taxas de
classificação que os hotéis pagavam ao Turismo de Portugal para se classificarem, num setor que criou,
diretamente, 30 000 postos de trabalho ao longo do último ano, num setor que vale 10% da riqueza que
criamos em Portugal e 16% da nossa agenda de exportações.
Finalmente, Sr.ª Deputada Mariana Mortágua, sobre a PT, diz a Sr.ª Deputada que eu nada disse.
O Sr. Luís Menezes (PSD): — Não ouviu bem!
O Sr. Ministro da Economia: — Acho que foi manifesto que, sobre a PT, já disse tudo aquilo que tinha
para dizer.
O Sr. Pedro Nuno Santos (PS): — Mas diga aqui!