I SÉRIE — NÚMERO 19
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Concretiza a mudança porque, no tempo certo, da forma certa e com o Governo certo, Portugal está livre
da troica, não vive no contexto da ajuda externa e alicerça o seu futuro em reformas estruturais corajosas que
oferecem ao País um modelo económico mais competitivo, uma sociedade mais justa e um Estado mais
eficiente e menos gastador.
Vence o derrotismo, porque vamos atingir, em 2015, o défice mais baixo dos últimos 40 anos, vamos
manter a tendência de descida da taxa de desemprego e a nossa economia vai crescer mais do que a média
da zona euro.
Renova a esperança, porque não deixa ninguém para trás, porque inicia a recuperação de rendimentos e
do poder de compra dos portugueses, porque garante a sustentabilidade do Estado social. Em suma, uma
esperança que se manifesta em mais oportunidades e em mais justiça social.
A mudança tem sido liderada por esta maioria e por este Governo. Mas a mudança é, sobretudo, obra dos
portugueses, obra da resiliência, da responsabilidade e do espírito de sacrifício de milhões de pessoas, do
setor público e do setor privado, das famílias e das empresas portuguesas.
A mudança está em curso, a mudança é imune às tentações dos derrotistas, dos bota-abaixistas e dos
cúmplices do passado.
A mudança venceu o período da troica, cumpriu a palavra do Estado e recuperou a credibilidade de
Portugal.
Os derrotistas e os cúmplices do passado rasgaram o Memorando. Queriam mais tempo e mais dinheiro,
recusaram ajudar Portugal e perderam.
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
A mudança recusou a facilidade, enfrentou as adversidades, apresentou e implementou soluções.
Os derrotistas e os cúmplices do passado renegaram os compromissos, saltaram «fora do barco» à
primeira dificuldade e, em vez de soluções, sonharam sempre com eleições.
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
A mudança baixa o défice e baixa a dívida.
Sim, o défice desceu 13 000 milhões de euros em quatro anos. E a dívida também está a descer, com uma
nuance: hoje sabemos, efetivamente, qual é o valor da dívida. Em 2010, não sabíamos tudo. A dívida
declarada era 96% do produto interno bruto (PIB) quando, à luz da transparência de hoje, sabemos que ela
era, efetivamente, 125% do PIB.
Vozes do PSD e do CDS-PP: — Muito bem!
O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Os derrotistas e os cúmplices do passado esconderam, esconderam,
esconderam. Mas eles são os pais do défice e eles são os pais da dívida.
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
A mudança traduz-se na diminuição do desemprego.
Sim, depois de uma década a crescer, depois do agravamento inevitável no início do ajustamento, o
desemprego desce há 20 meses consecutivos.
A mudança trouxe o crescimento económico.
Protestos do PS.
Os Srs. Deputados não ouviram bem, pelo que vou repetir: a mudança trouxe o crescimento económico.
Sim, depois do período de recessão, vamos para o segundo ano de crescimento acima da média da zona
euro.