1 DE NOVEMBRO DE 2014
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Os derrotistas e os cúmplices do passado prognosticaram o aumento do desemprego e a espiral recessiva
na economia. A maioria acertou e a oposição falhou. De resto, é caso para dizer que o Partido Socialista, no
Governo ou na oposição, não acerta uma previsão.
A mudança está a reformar o Estado. Sim, o trabalho está inacabado, mas está em curso: na diminuição da
despesa pública, na reforma administrativa, na eliminação de estruturas duplicadas, nas regras de nomeação,
no ensino do Português, da Matemática e do Inglês, no Serviço Nacional de Saúde, nas áreas de soberania,
na justiça, na segurança, na defesa, na fiscalidade, na descentralização, nos licenciamentos industriais, na
economia verde e na economia do mar.
O Sr. Luís Menezes (PSD): — Bem lembrado!
O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Os derrotistas e os cúmplices do passado estiveram contra todos estes
eixos da reforma do Estado e recusaram sempre participar nesta reforma.
Sr.ª Presidente, Sr.as
e Srs. Deputados, a mudança controla a despesa, sustém a dívida e não onera as
gerações vindouras.
A despesa pública primária diminuiu 11,5 mil milhões de euros em quatro anos. A dívida deixou de crescer
e está numa trajetória de sustentabilidade. Os encargos com as parcerias público-privadas foram reduzidos
33% pela via negocial e ascenderão, em 2015, a uma poupança de cerca de 350 milhões de euros.
Os derrotistas e os cúmplices do passado têm outro caminho. Não estão disponíveis para nenhum corte de
despesa e entendem que a dívida deve ser reestruturada, mesmo depois de conseguirmos melhores prazos e
melhores taxas de juro. Consideram que as PPP, os TGV e os novos aeroportos devem ser realizados mesmo
que não tenhamos dinheiro para isso.
A mudança desenvolve-se com justiça social. Sim, é verdade, com justiça e com preocupação social.
O Sr. Luís Menezes (PSD): — Muito bem!
O Sr. Luís Montenegro (PSD): — O maior ataque ao Estado social e a sua suprema ameaça foi a pré-
bancarrota. Mas pergunto: o Programa de Emergência Social promove ou não a justiça social?
Vozes do PS: — Não!
O Sr. Luís Montenegro (PSD): — As tarifas sociais na eletricidade ou nos transportes ajudam ou não os
mais carenciados?
Digam que não outra vez!
As atualizações das pensões mínimas, sociais e rurais expressam ou não a preocupação do Estado?
Digam que não outra vez!
Protestos do PS.
A isenção de mais de 90% dos pensionistas das reduções que vigoraram neste período protege ou não
quem tem rendimentos mais baixos?
Digam que não outra vez!
O Sr. João Galamba (PS): — Por isso, é que tem aumentado a pobreza nos idosos!
O Sr. Luís Montenegro (PSD): — É justo ou injusto onerar, num tempo de crise, quem tem mais elevados
rendimentos, sejam cidadãos, sejam empresas, com taxas de solidariedade extraordinárias? Digam se é justo
ou injusto!
É justo ou injusto alargar as isenções de taxas moderadoras ou promover a baixa dos preços dos
medicamentos à custa das margens das farmácias ou da indústria farmacêutica? Digam se é justo ou injusto!
Aplausos do PSD e do CDS-PP.