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I SÉRIE — NÚMERO 21

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Não sejam tão apressados, talvez!…

Risos.

Aplausos do BE.

O Bloco de Esquerda saúda todos aqueles que lutaram muitos anos para que esse Muro caísse. Esse

Muro caiu e, curiosamente, caiu para os dois lados, abrindo novas realidades pós-Guerra Fria.

Entendemos que o socialismo ou tem democracia ou não é socialismo, é uma caricatura do socialismo.

A Sr.ª Cecília Honório (BE): — Exatamente!

O Sr. Luís Fazenda (BE): — Sempre fomos coerentes acerca disso.

Contudo, esta iniciativa que hoje nos é apresentada vale mais por ser uma homenagem política a Ronald

Reagen, a Margaret Thatcher, a João Paulo II do que outra coisa. Poderia servir para alguma chamada de

atenção e não para enevoar a situação na União Europeia. É que, Sr.ª Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados, se

olharmos bem, mas olharmos mesmo bem para Lampedusa, Lampedusa é o símbolo de um outro muro. Há

muros que a União Europeia está a criar.

Aplausos do BE.

Portanto, não basta associarmo-nos, de uma forma ínvia, à comemoração da queda do Muro de Berlim

para fazer prevalecer alguns dos «falcões» da Guerra Fria neste voto, e esquecer que a União Europeia atual

também não está a concorrer para eliminar todos os muros que se oferecem à geopolítica mundial e ao

sofrimento dos povos.

Assim, Sr.ª Presidente, creio que está bastante clara a nossa posição: saudamos a queda do Muro de

Berlim mas não votamos a favor de textos que não são exatamente a reprodução desse sentimento e dessa

posição política.

Aplausos do BE.

A Sr.ª Presidente: — Srs. Deputados, na sequência da interpelação feita à Mesa pelo Sr. Deputado Nuno

Magalhães, creio que temos de considerar a necessidade de pôr uma deliberação à consideração do Plenário,

sobre se esta leitura do voto deve ser feita. Creio que, a fazê-la, ela deverá ser feita na totalidade, porque o

pedido que o Sr. Deputado fez, sendo procedimental e referindo-se ao voto, não é uma réplica parlamentar, é

o pedido de um procedimento que deve seguir o modelo originário: ou se lê todo o voto ou não se lê.

Penso que deverá ser assim, mas vou perguntar à Câmara. Srs. Deputados, há circunstâncias em que a

vida é mais rica do que a teoria e sentimos algumas dificuldades em definir soluções sobre a linha de fogo.

No entanto, penso que, neste caso, não teremos uma outra alternativa, porque a interpelação feita à Mesa

tem de ter um valor procedimental para ser legítima, não tem de ter um valor de réplica; ao ter um valor

procedimental, penso que ela só pode ser referida ao voto e não a uma resposta dirigida a uma parte do voto.

Se não objetarem, penso que esta ponderação estará certa.

Assim, ponho à consideração da Câmara a decisão sobre a leitura do voto. Antes de mais, pergunto ao Sr.

Deputado Nuno Magalhães se ainda insiste nessa pretensão…

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Do voto concreto, Sr.ª Presidente.

A Sr.ª Presidente: — Muito bem, Sr. Deputado. Acho que esta é uma primeira questão que se deveria

colocar e, assim sendo, vou pôr à consideração da Câmara se está ou não de acordo com a leitura do voto.

O método que temos seguido…