25 DE NOVEMBRO DE 2014
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criminal para levarem a efeito este combate não só fica muito aquém do que é necessário mas inclusivamente
tem vindo a regredir.
Entende o PCP — e por isso apresenta esta proposta — que tem toda a justificação que haja um quadro
claro e estável na planificação dos investimentos necessários para que o nosso País seja dotado de meios
materiais e humanos, capazes de promover uma prevenção e, sendo caso disso, uma repressão eficazes
destes fenómenos que minam a credibilidade do Estado democrático e que põem em causa o princípio da
igualdade entre os cidadãos.
Portanto, a proposta que aqui fazemos é no sentido de que o Governo apresente uma programação
plurianual de investimento na dotação de meios para a investigação criminal, que possa efetivamente dar
confiança de que, neste País, existem condições para que a criminalidade económica e financeira seja
eficazmente combatida.
Aplausos do PCP.
A Sr.ª Presidente: — Passamos agora ao Capítulo I — Aprovação do Orçamento, cuja apreciação, como
sabem, fica sempre para o fim, depois de todas as normas da proposta de lei terem sido discutidas.
Para intervir sobre o artigo 1.º — Aprovação, tem a palavra o Sr. Deputado Duarte Pacheco.
O Sr. Duarte Pacheco (PSD): — Sr.ª Presidente, Sr.as
e Srs. Deputados, ao longo das últimas seis
semanas, o Parlamento dedicou-se, quase em exclusividade, à apreciação do Orçamento do Estado para
2015.
Neste momento, estamos a terminar esse processo com a discussão na especialidade — hoje, com as
últimas votações e, amanhã, com o encerramento e a votação final global.
Fizemos aquilo que era o nosso dever. E estamos orgulhosos, Sr.ª Presidente, do trabalho feito, porque,
perante um Orçamento que nos traz responsabilidade e esperança, os Deputados dos dois grupos
parlamentares da maioria, do PSD e do CDS-PP, subscreveram cerca de 60 propostas de alteração, que
fizemos aprovar, para melhorar um Orçamento que, assim, pode melhorar ainda mais as condições de vida
dos portugueses.
Mantivemos as metas orçamentais e promovemos, pelo segundo ano consecutivo, o crescimento
económico. Mas relevante é, sobretudo, a melhoria do poder de compra que este Orçamento introduziu. Este
Orçamento introduziu melhoria do poder de compra nas mais variadas vertentes, a saber: o aumento do
salário mínimo; o aumento das pensões mínimas; o aumento das pensões com a retirada da CES; a
devolução de 20% dos cortes salariais aos funcionários públicos; e, se todos estiverem disponíveis para
participar, uma redução do IRS, cujo debate vai iniciar-se já na próxima quarta-feira.
Estamos convencidos de que é possível fazer muito mais por este País, mas estamos satisfeitos com
aquilo que já fizemos.
Herdámos um País à beira da falência, recuperámo-lo financeiramente e estamos a fazer com que os
resultados alcançados cheguem aos portugueses, a cada português.
Por isso, Sr.ª Presidente, Sr.as
e Srs. Deputados, estivemos a cumprir o nosso dever, ao longo destes dias,
e estamos convictos de que este Orçamento do Estado vai trazer muito e muito a Portugal.
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
A Sr.ª Presidente: — Srs. Deputados, não havendo mais inscrições, concluímos aqui, por hoje, o debate
do Orçamento do Estado para 2015.
Prosseguimos amanhã, com a discussão e votação de propostas avocadas pelo Plenário do debate a
realizar esta tarde na COFAP, ao que se seguirá o encerramento do debate do Orçamento do Estado para
2015.
Está encerrada a sessão.
Eram 13 horas e 30 minutos.