I SÉRIE — NÚMERO 36
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Quanto ao projeto de resolução n.º 1196/XII (4.ª), que recomenda ao Governo medidas de justiça na
economia para o imposto municipal sobre imóveis (IMI), o PCP votou favoravelmente os pontos 1, 2 e 3 e
absteve-se no ponto 4.
No que respeita ao ponto 3, importa referir que se propunha a eliminação dos «benefícios fiscais no IMI aos
fundos imobiliários, ao Estado, igrejas, colégios particulares e às instituições desportivas profissionais», em
todo o caso, merecia uma abordagem distinta e uma avaliação dos seus impactos na população. Por exemplo,
certamente que o fim de benefícios fiscais dos colégios particulares, sem se distinguirem aqueles que suprem
necessidades ao nível da educação que o Governo não assegura (escolas com contratos de associação ou
escolas de pré-escolar) iria ter repercussões nas famílias. Ou, no que se refere às instituições desportivas
profissionais, é preciso ter em conta que nos mesmos espaços e equipamentos tanto se realizam atividades
desportivas amadoras como atividades desportivas profissionais. De qualquer modo, votámos favoravelmente,
porque é urgente pôr fim aos benefícios fiscais para fundos imobiliários, como o PCP já propôs.
Já quanto ao ponto 4, que propunha a «atualização automática e anual do IMI», não é claro que seja
vantajoso para os portugueses. É preciso uma avaliação dos impactos desta proposta, tendo em conta a
evolução do dito mercado imobiliário. Se, no atual momento, até poderia ser vantajoso para as famílias
considerando que o preço de construção está mais baixo, como seria num momento em que o preço subisse
para valores muito mais avultados? Certamente o IMI iria aumentar, o que claramente é prejudicial para as
portugueses.
A Deputada do PCP, Paula Santos.
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Presenças e faltas dos Deputados à reunião plenária.
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