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I SÉRIE — NÚMERO 45

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O Sr. Luís Fazenda (BE): — Sr. Deputado Nuno Magalhães, também gostaria de lhe dizer que, em relação

à taxa de desemprego, o que temos é uma diferença de 1,8 favorável à taxa de emprego em relação a período

homólogo do ano passado. Mas uma baixa! Isso significa que a economia, desse ponto de vista, está

estagnada e que, se somar o efeito conjugado da emigração, não tem criação líquida de emprego ou ela é

marginal. Não há criação de emprego e esse é o castigo mais severo que pode ter esta maioria política do

CDS e do PSD.

Quanto aos números da pobreza, não sei. Conhece um tal de Pedro Mota Soares, Ministro da Segurança

Social?

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Conheço muito bem!

A Sr.ª Presidente: — Queira concluir, Sr. Deputado.

O Sr. Luís Fazenda (BE): — É ele que tem andado a cortar as prestações sociais — aliás, até arranjou

mais um teto.

Do que é que se admira? Vão aumentar os indicadores de pobreza! São factos, não são?

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Não!

O Sr. Luís Fazenda (BE): — São é difíceis de contestar!

Aplausos do BE.

A Sr.ª Presidente: — Antes de dar a palavra ao Sr. Deputado Jorge Machado, o Grupo Parlamentar do PS

informou a Mesa que terá havido um lapso na direção da bancada e, como tal, não foi inscrito, para fazer uma

pergunta, o Sr. Deputado Vitalino Canas.

Não havendo objeções, inscrevo o Sr. Deputado Vitalino Canas para esse efeito.

Tem a palavra, Sr. Deputado Jorge Machado.

O Sr. Jorge Machado (PCP): — Sr.ª Presidente, Sr. Deputado Luís Fazenda, queremos começar por

saudá-lo pela declaração política que fez em nome do BE e dizer que o PCP considera que o Governo montou

uma autêntica linha de propaganda.

Considera o Governo que há sucesso atrás de sucesso: sucesso na saúde — quando o que há é caos nas

urgências! —, bons resultados no emprego, bons resultados na economia… Esta é uma propaganda feita

como um castelo de cartas, ou seja, sem qualquer tipo de sustentação, e a realidade destrói facilmente esta

linha de propaganda que está montada.

Queremos destacar dois casos concretos que são paradigmáticos de como as opções políticas do Governo

estão a afundar o nosso País e não estão a resolver nenhum dos problemas estruturais.

O primeiro caso tem a ver com os dados do desemprego. Bem podem montar o esquema que quiserem,

mas a verdade é que os dados do INE comprovam claramente que, ao contrário do que o Governo anda a

dizer e a maioria tenta repetir até à exaustão, o desemprego no nosso País não está a diminuir.

O Sr. David Costa (PCP): — Exatamente!

O Sr. Jorge Machado (PCP): — Basta termos em conta que o Governo atirou para estágios e para

formação profissional 166 000 trabalhadores que não contam para as estatísticas e, se somarmos os inativos

e desmotivados, que são 257 000, percebemos que, hoje, o desemprego atinge 1,2 milhões de portugueses.

Temos, hoje, substancialmente mais trabalhadores desempregados do que tínhamos em 2011. Portanto, a

situação, hoje, é pior, não é melhor, como tentam pintar.

O segundo caso tem a ver com os dados do INE sobre a pobreza. Há 2,7 milhões de pobres no nosso

País, 25,9% de pobreza. É o pior agravamento da taxa de pobreza desde o 25 de Abril. A maioria reage