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I SÉRIE — NÚMERO 45

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No nosso entendimento, é essa a principal razão para que o nosso País esteja na situação em que está.

A Sr.ª Presidente: — Para responder, tem a palavra a Sr.ª Deputada Sónia Fertuzinhos.

A Sr.ª Sónia Fertuzinhos (PS): — Sr.ª Presidente, Sr. Deputado Jorge Machado, de facto, seria normal

que o Sr. Ministro Mota Soares, se existisse enquanto Ministro da Solidariedade — já houve vários momentos

em que provou que não existia, este é apenas mais um —, já se tivesse pronunciado, porque estes dados

foram divulgados na sexta-feira e até hoje ainda não se fez ouvir.

Mas, Sr. Deputado, mais do que o Sr. Ministro Mota Soares, teria de ser o Sr. Primeiro-Ministro a vir a esta

Assembleia, até por iniciativa própria, responder por esses dados da pobreza e dizer, enquanto primeiro

responsável pelo Governo, o que é que entende que deve alterar nas suas políticas para que estes dados não

continuem a agravar-se.

O Sr. Deputado, no seu pedido de esclarecimento, tentou ligar as políticas do PS ao PSD e ao CDS-PP e

às políticas da direita, e falou de um pacto. Sr. Deputado, o maior pacto a que já se assistiu nesta Assembleia

foi o pacto entre o Partido Comunista, o PSD e o CDS-PP…

Vozes do PCP: — Oh!…

A Sr.ª Sónia Fertuzinhos (PSD): — …para chumbarem o PEC 4, que abriu caminho à troica.

Aplausos do PS.

Portanto, Sr. Deputado, que o PCP também saiba assumir as suas responsabilidades.

O Sr. João Galamba (PS): — Traíram os pobres!

A Sr.ª Sónia Fertuzinhos (PS): — Mas se o Sr. Deputado e o PCP consideram que o PS — que criou o

rendimento social de inserção, que criou o complemento solidário para idosos, que apostou no ensino pré-

escolar, que apostou na escola a tempo inteiro, que apostou nos passes escolares —, com as suas políticas,

com tudo isto que referi, é parecido com o PSD e o CDS, então, não sei o que é que o PCP consideraria ser

diferente.

Julgo que, mais do que isto, a sua intervenção não merece nenhum comentário da minha parte.

Aplausos do PS.

A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado Artur

Rêgo.

O Sr. Artur Rêgo (CDS-PP): — Sr.ª Presidente, Sr.ª Deputada Sónia Fertuzinhos, a pobreza é uma

preocupação constante para nós, assim como deve ser para todos os portugueses. Também o é para o

Governo, tal como o desemprego. Ora, ao combater-se o desemprego está a combater-se também a pobreza,

Sr.ª Deputada.

Sr.ª Deputada, para recentrar o debate, de forma séria, no cerne da questão, quero dizer-lhe que os dados

do INE referidos dizem respeito a 2013. Ora, como todos sabemos, no primeiro trimestre de 2013 foi atingido o

pico do desemprego neste País. Este desemprego foi uma consequência da crise, foi uma consequência da

falência do País, foi uma consequência do primeiro tratamento de choque que resultou da aplicação das

medidas do Memorando.

O Sr. João Galamba (PS): — Isso foi em 2012!