O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

I SÉRIE — NÚMERO 59

28

facto, fizemos esse esforço. Fizemos o esforço de trazer à discussão um projeto de lei que, procurando

criminalizar o enriquecimento injustificado, o faça nos termos constitucionalmente previstos.

Portanto, registamos como muita positiva a apreciação que foi feita ao projeto do PCP por parte das outras

bancadas, porque tivemos esse cuidado e levámo-lo muito a sério.

Relativamente à matéria relacionada com os offshore, esperamos que, com a discussão que poderemos

fazer sobre este processo, na especialidade, das iniciativas que o PCP trouxe à discussão, a Assembleia da

República possa, pela primeira vez, tomar uma posição clara quanto à postura do Estado português no que diz

respeito à sua existência, apontando um caminho para a sua extinção. Essa constatação vem surgindo, ao

longo dos anos, no debate.

A partir deste momento, com os projetos que o PCP trouxe, temos a possibilidade de afirmar esse caminho

para acabar com os offshore e para que, até lá, se possam tomar medidas que garantam o combate à

criminalidade, que utiliza precisamente o biombo dos offshore para esconder práticas e procedimentos que a

alimentam ou que beneficiam dela.

Esperamos que, com este processo na especialidade, a Assembleia da República possa encontrar um

caminho para afirmar uma posição de recusa por parte do Estado português deste estado de coisas, que hoje

é evidente perante cada vez mais exemplos que denunciam esta realidade de financiamento ou de benefício

da criminalidade a partir dos offshore.

O contributo que o PCP deu é, de facto, pioneiro. Não temos a ilusão de que este caminho pode ser feito

de um dia para a outro, mas é preciso dar os primeiros passos, e é essa a proposta que o PCP trouxe para

este debate.

Sr.as

e Srs. Deputados, quer em relação ao enriquecimento injustificado, quer em relação à extinção dos

offshore, esperamos que deste processo que hoje se inicia possa resultar uma posição clara e firme da

Assembleia da República para ultrapassar estes dois graves problemas que atingem a sociedade portuguesa.

Aplausos do PCP.

A Sr.ª Presidente: — Fica, assim, concluído o debate.

Srs. Deputados, vamos entrar no período regimental de votações.

Antes de mais, vamos proceder à verificação do quórum, utilizando o sistema eletrónico.

Pausa.

Srs. Deputados, o quadro eletrónico regista 194 presenças, às quais se acrescentam as dos Deputados

Pedro Delgado Alves, do PS, e Michael Seufert, do CDS-PP, perfazendo 196 Deputados, pelo que temos

quórum para proceder às votações.

Srs. Deputados, temos hoje três votos de pesar, que vão ser lidos e votados. No final guardaremos 1

minuto de silêncio.

Assim sendo, para proceder à leitura do voto n.º 255/XII (4.ª) — De pesar pelo falecimento de António

Sousa Gomes, político e gestor (PS), tem a palavra a Sr.ª Secretária Rosa Maria Albernaz.

A Sr.ª Secretária (Rosa Maria Albernaz): — Sr.ª Presidente e Srs. Deputados, o voto é do seguinte teor:

«Faleceu, no passado dia 20 de fevereiro, aos 79 anos, António Francisco Barroso de Sousa Gomes.

Nascido em Lisboa, em janeiro de 1936, António Sousa Gomes, licenciado em Engenharia Mecânica pelo

Instituto Superior Técnico, desempenhou, com elevada dedicação, diversos cargos governamentais e da

administração do Estado.

Militante do Partido Socialista, António Sousa Gomes foi Ministro da Indústria e Tecnologia e Ministro do

Plano e Coordenação Económica, no I Governo Constitucional, e Ministro da Habitação e Obras Públicas, no II

Governo Constitucional.

Entre 1983 e 1991, foi Presidente do Conselho de Administração do IPE — Investimentos e Participações

Empresariais, S.A., desempenhando idênticas funções na Empresa Geral do Fomento entre 1987 e 1991. Em

1992, foi eleito em Assembleia Geral de Acionistas para o cargo de Presidente do Conselho de Administração

Páginas Relacionadas
Página 0003:
7 DE MARÇO DE 2015 3 A Sr.ª Presidente: — Srs. Deputados, Srs. Jornalistas, está ab
Pág.Página 3
Página 0004:
I SÉRIE — NÚMERO 59 4 como em Espanha ou em França, a concentração de
Pág.Página 4
Página 0005:
7 DE MARÇO DE 2015 5 fará a apresentação dos projetos do PCP relacionados com os of
Pág.Página 5
Página 0006:
I SÉRIE — NÚMERO 59 6 Quer-nos parecer, designadamente, que o projeto
Pág.Página 6
Página 0007:
7 DE MARÇO DE 2015 7 doutrina e a jurisprudência dos nossos parceiros europeus tril
Pág.Página 7
Página 0008:
I SÉRIE — NÚMERO 59 8 comportamento privado para 350 salários mínimos
Pág.Página 8
Página 0009:
7 DE MARÇO DE 2015 9 Nesta fase do debate, eram estas as questões que lhe gostaríam
Pág.Página 9
Página 0010:
I SÉRIE — NÚMERO 59 10 Começando pelas referências que foram feitas a
Pág.Página 10
Página 0011:
7 DE MARÇO DE 2015 11 investigação à corrupção — tanto no caso francês como no caso
Pág.Página 11
Página 0012:
I SÉRIE — NÚMERO 59 12 O que queremos criminalizar não é a riq
Pág.Página 12
Página 0013:
7 DE MARÇO DE 2015 13 controlo da riqueza por parte dos organismos do Estado. Há se
Pág.Página 13
Página 0014:
I SÉRIE — NÚMERO 59 14 A inderrogabilidade da presunção de inocência,
Pág.Página 14
Página 0015:
7 DE MARÇO DE 2015 15 Aquelas que implicam o confisco por decisão administrativa, m
Pág.Página 15
Página 0016:
I SÉRIE — NÚMERO 59 16 bancário e do sigilo fiscal, admitem o recurso
Pág.Página 16
Página 0017:
7 DE MARÇO DE 2015 17 Estamos cientes do grau de exigência, ponderação e rigor das
Pág.Página 17
Página 0018:
I SÉRIE — NÚMERO 59 18 quando ele tem uma proveniência ou um destino
Pág.Página 18
Página 0019:
7 DE MARÇO DE 2015 19 ao longo do tempo, desenvolvendo regulamentação relacionada c
Pág.Página 19
Página 0020:
I SÉRIE — NÚMERO 59 20 É também por isso que entendemos que a transpa
Pág.Página 20
Página 0021:
7 DE MARÇO DE 2015 21 Nações Unidas, através da qual Portugal assumiu o compromisso
Pág.Página 21
Página 0022:
I SÉRIE — NÚMERO 59 22 Evidentemente que uma ou múltiplas iniciativas
Pág.Página 22
Página 0023:
7 DE MARÇO DE 2015 23 Entendemos que, para a generalidade dos cidadãos, a via fisca
Pág.Página 23
Página 0024:
I SÉRIE — NÚMERO 59 24 Sr.as e Srs. Deputados, acho que o desa
Pág.Página 24
Página 0025:
7 DE MARÇO DE 2015 25 E aqui se situa exatamente uma das nossas diferenças, como já
Pág.Página 25
Página 0026:
I SÉRIE — NÚMERO 59 26 O Sr. Carlos Abreu Amorim (PSD): — Sr.ª Presid
Pág.Página 26
Página 0027:
7 DE MARÇO DE 2015 27 nunca poderá atingir o limite situado numa espécie de capitis
Pág.Página 27