I SÉRIE — NÚMERO 66
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O que é verdade é que estas obras são muito importantes para o desenvolvimento da região. A ligação
entre Feira e Arouca é muito relevante e é isso que pedimos ao Governo, ou seja, que considere essa questão
nesta proposta.
Mas também é verdade que a obra que já está definida pela Estradas de Portugal — e o PS até apresentou
um projeto de resolução, que não está agendado para hoje — é importantíssima para Castelo de Paiva.
Finalmente, depois da queda da ponte e de tantas promessas que todos fizeram e que, até hoje, não foram
cumpridas,…
A Sr.ª Carla Cruz (PCP): — Incluindo o PSD!
O Sr. Paulo Cavaleiro (PSD): — … temos agora condições de aproveitar para ligar uma zona industrial
muito importante, que pode fazer crescer a economia e a riqueza daquele concelho.
É, para nós, muito importante a construção deste troço da variante à EN222, porque, com esta obra, a
economia vai crescer. Vamos apostar nesse crescimento e vamos melhorar o emprego e a criação de riqueza.
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
A Sr.ª Presidente: — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado João Paulo Correia.
O Sr. João Paulo Correia (PS): — Sr.ª Presidente, Srs. Deputados: Ouvimos, há pouco, a intervenção do
CDS e parece-me que é chegada a altura de dizer, uma vez mais, ao CDS que assumam os falhanços, os
fracassos e as incompetências desta governação. Os senhores estão há quatro anos no Governo e o IC35 não
saiu do papel! Assumam isso!
Aplausos do PS.
Estamos a seis meses das eleições legislativas e seria de esperar outra coisa do CDS e do PSD, que, na
última campanha para as eleições legislativas, foram ao Vale do Sousa e ao Baixo Tâmega prometer que, com
eles no Governo, o IC35 entraria em obra. O certo é que estamos a seis meses das próximas eleições e o
IC35 ainda não saiu do papel. Portanto, ao ouvir o Sr. Deputado Ribeiro e Castro dizer o que disse há pouco,
devemos confrontá-lo com o seguinte: assumam os vossos falhanços, as vossas incompetências e os vossos
fracassos!
Vamos recordar um debate travado aqui, neste Parlamento, em julho de 2012. Dizia o Sr. Deputado do
PSD Luís Vales, e estamos a falar de há dois anos e meio: «O atraso na obra tem um custo intolerável para as
populações». Passados dois anos e meio, este custo intolerável mantém-se, Sr. Deputado? É que já passaram
dois anos e meio e se isto, na altura, tinha um custo intolerável, agora, agravou-se ainda mais, tem um custo
duplamente intolerável.
Dizia, ainda, o Sr. Deputado Luís Vales: «As populações não querem projetos de resolução atrasados, nem
demagogia barata, querem a obra, e esta já está em marcha!». Mas qual é a obra que está em marcha? O
IC35? Não saiu do papel! Os senhores andaram a prometê-lo em campanha, andaram a prometê-lo durante
estes anos! Os vossos dirigentes locais, Deputados do PSD, aqui, na Assembleia da República, andaram a
vender uma obra que nunca arrancou do papel!
Disse também o Sr. Deputado Virgílio Macedo, em fevereiro de 2014: «A construção desta infraestrutura
rodoviária será uma realidade prioritária nos investimentos públicos a serem realizados pelo Governo no
âmbito do novo quadro comunitário de apoio». Os fundos comunitários, infelizmente, ainda não saíram do
papel e, uma vez mais, o IC35 também não!
Do PSD 2, que é o PSD nacional, é quem governa, é quem decide, o Sr. Primeiro-Ministro foi à Agrival
(Feira Agrícola do Vale do Sousa), no ano passado, em agosto de 2014, e avançou que ainda naquele ano iria
ser lançado o concurso para a construção do primeiro troço do IC35, entre Penafiel e Rans.
Estamos a falar de apenas 5 km…
A Sr.ª Presidente: — Queira concluir, Sr. Deputado.