I SÉRIE — NÚMERO 75
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O Sr. João Oliveira (PCP): — Mas isso não é convosco no Governo!
O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Nos PEC socialistas, Srs. Deputados, também havia cortes de salários
na Administração Pública.
O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — O PEC do PSD não é muito diferente!
O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Os cortes que estão hoje a ser removidos, em 2015, e que vão continuar
a ser removidos nos próximos anos, o mais tardar até 2018, esses cortes foram decididos por um Governo do
Partido Socialista.
Protestos do PS.
O Sr. João Oliveira (PCP): — Tão mau é Pedro como é Paulo! Isso é verdade!
O Sr. Luís Montenegro (PSD): — É por isso que este Programa é muito diferente! Os vossos programas
criaram os cortes…
O Sr. João Oliveira (PCP): — Com o vosso apoio!
O Sr. Luís Montenegro (PSD): — … e este Programa remove os cortes.
Aproveito para dizer, já que também aqui se falou do debate sobre a natalidade, que a eliminação dos 4.º e
5.º escalões do abono de família também foi uma decisão dos PEC do Partido Socialista. É preciso também
recordar isso!
Protestos do PS.
Sr. Primeiro-Ministro, de facto, estes são Programas de crescimento. Sei que custa ouvir, mas vou repetir:
são Programas de crescimento!
O Sr. José Magalhães (PS): — Não custa nada! São só palavras!
O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Não são palavras, Sr. Deputado José Magalhães, foi aquilo que o
senhor decidiu quando estava no Governo. É disso que estou a falar!
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — Muito bem!
O Sr. Luís Montenegro (PSD): — É disso que estou a falar! Estou a falar daquilo que o senhor andou a
fazer! É disso que estou a falar. Não são palavras!
Os PEC do Partido Socialista faziam revisões do cenário macroeconómico, sempre para agravar a
situação, sempre menos crescimento e mais défice.
Agora temos um Programa onde está previsto — e é prudente, até face àquilo que têm sido as previsões
de outras entidades — que em 2016 a nossa economia vai crescer 1,6%, que em 2017 vai crescer 2% e que
em 2018 e 2019 vai crescer 2,4%. Isto significa que, em quatro anos, temos uma projeção de crescimento de
8,4% do nosso Produto.
Ora, o Partido Socialista, o tal Partido Socialista das palavras e da retórica, anda com uma conversa,
sobretudo depois de o INE ter revisto os dados da recessão de 2012, de que este Governo teve uma recessão
na casa dos 6,5% e que isso colocou o produto interno bruto a valores de há 15 anos. Desde logo, é preciso