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8 DE MAIO DE 2015

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A Sr.ª Helena Pinto (BE): — Nenhum funciona, Sr. Ministro!

O Sr. Ministro da Saúde: — Portanto, todas estas medidas relativas à reforma hospitalar estão a seguir o

seu caminho e já tiveram resultados significativos.

Sr.ª Deputada Paula Santos, o que aflige os portugueses é, de facto, o acesso à saúde, o preço dos

medicamentos, que eles sabem que foi das poucas coisas que baixou e que lhes possibilitou, neste período de

crise, conseguirem consumir mais medicamentos com um custo muitíssimo mais baixo.

A Sr.ª Carla Cruz (PCP): — E os que não conseguem pagar?

O Sr. Ministro da Saúde: — Por outro lado, relativamente aos concursos que foram anunciados, posso

dizer que, até à semana que vem, os dois concursos…

A Sr.ª Maria Antónia Almeida Santos (PS): — Promessas!

O Sr. Ministro da Saúde: — Não se trata de promessas, Sr.ª Deputada. Desde que chegámos ao Governo

fizemos sempre assim!

Como dizia, até à próxima semana, os dois concursos para recrutamento de médicos serão autorizados. As

pessoas que acabam a sua especialidade sabem que têm vaga para entrar no Serviço Nacional de Saúde. E

vamos oferecer mais 1100 vagas para especialistas, depois de termos contratado 1900 recém-licenciados.

No caso dos assistentes operacionais, que era uma preocupação do PCP, espero que a Sr.ª Deputada já

tenha registado que contratámos mais de 500 assistentes operacionais, apenas este ano.

Por outro lado, ao contrário do que a Sr.ª Deputada diz, temos, hoje, mais médicos no Serviço Nacional de

Saúde do que tínhamos no ano passado e mesmo há quatro anos e temos, hoje, mais enfermeiros do que

tínhamos no ano passado.

Relativamente à questão, colocada pela Sr.ª Deputada Catarina Martins, das urgências…

O Sr. JoãoOliveira (PCP): — Os internos não são médicos!

O Sr. MinistrodaSaúde: — Sr. Deputado, internos não são médicos?! Sr. Deputado, tenha cuidado com o

que diz! O senhor acha que pode desrespeitar os médicos de uma maneira!

O Sr. JoãoOliveira (PCP): — São médicos em formação!

O Sr. Ministro da Saúde: — Sr. Deputado, francamente! Acha que se pode dizer tudo!

Relativamente à questão das urgências, Sr.ª Deputada, sabemos que há dificuldades, sabemos que há

problemas. Com a honestidade intelectual que devemos todos ter, sabemos que vários dos problemas são

estruturais e que, felizmente, uma parte deles já se conseguiu resolver, outros ainda os teremos de resolver.

No caso das urgências, não olhámos para o lado, tomámos mais de 12 medidas, das quais a primeira foi a

melhoria na triagem, ou seja, a atualização da triagem de Manchester.

Em segundo lugar, a possibilidade, pela primeira vez, após uma longa discussão, de uma prescrição de

exames adicionais por enfermeiros na triagem.

Em terceiro lugar, a abertura de camas de cuidados continuados.

Em quarto lugar, um conjunto de medidas de prevenção de saúde como não há paralelo, que, obviamente,

só irão afetar as urgências a prazo, mas que são medidas indispensáveis para evitar os tais problemas

estruturais, como foi o caso do tabaco, o caso do álcool, de que estamos a falar, e o conjunto de

internamentos quantificados que se consegue evitar, por exemplo, com a vacina Prevenar e também a

redução da infeção hospital.

De 12 medidas, estas quatro, Sr.ª Deputada, são da responsabilidade do Sr. Secretário de Estado.

Quando me perguntam o que tenho a dizer sobre o que o Sr. Secretário de Estado fez nas urgências, eu

olho para as medidas que têm vindo a ser tomadas para melhorar o acesso dos portugueses à saúde.