23 DE MAIO DE 2015
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Submetido à votação, foi rejeitado, com votos contra do PSD, do CDS-PP e do PCP, votos a favor do BE e
dos Deputados do PS Elza Pais, Gabriela Canavilhas, Isabel Alves Moreira, João Galamba, João Paulo
Pedrosa, Maria Antónia Almeida Santos, Paulo Campos, Pedro Delgado Alves, Pedro Nuno Santos e Vieira da
Silva e abstenções do PS e de Os Verdes.
Srs. Deputados, segue-se a votação de um requerimento, apresentado pelo PSD e pelo CDS-PP, de
avocação para Plenário da votação, na especialidade, da proposta de alteração, apresentada pelo PS, ao
artigo 6.º (Alteração à Lei n.º 73/2013, de 3 de setembro) da proposta de lei n.º 313/XII (4.ª) — Procede à
segunda alteração à Lei n.º 50/2012, de 31 de agosto, que estabelece o regime jurídico da atividade
empresarial local e das participações locais, à segunda alteração à Lei n.º 73/2013, de 3 de setembro, que
estabelece o regime financeiro das autarquias locais e das entidades intermunicipais, à primeira alteração à
Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro, que estabelece o regime jurídico das entidades intermunicipais e do
associativismo autárquico, à primeira alteração à Lei n.º 53/2014, de 25 de agosto, que aprova o regime
jurídico da recuperação financeira municipal regulamentando o Fundo de Apoio Municipal, e à primeira
alteração ao Decreto-Lei n.º 92/2014, de 20 de junho, que estabelece o regime jurídico das escolas
profissionais privadas e públicas, no âmbito do ensino não superior, introduzindo clarificações nos respetivos
regimes.
Submetido à votação, foi aprovado por unanimidade.
Em consequência da aprovação do requerimento, abre-se agora um período de debate, dispondo cada
grupo parlamentar de 2 minutos para o efeito, relativo à proposta, apresentada pelo PS, de alteração ao artigo
6.º da proposta de lei n.º 313/XII (4.ª).
Em primeiro lugar, tem a palavra o Sr. Deputado Jorge Paulo Oliveira.
O Sr. Jorge Paulo Oliveira (PSD): — Sr.ª Presidente, Sr.as
e Srs. Deputados, os atos legislativos devem,
em regra, ser gerais e abstratos, isto é, devem dirigir-se a um número indeterminável de destinatários e a um
número indeterminável de situações. Foi exatamente esta a primeira circunstância que motivou este
requerimento de avocação.
Na verdade, Sr.ª Presidente, Sr.as
e Srs. Deputados, posteriormente à votação indiciária — e também aqui
é importante que se realce a natureza indiciária da votação —, tomámos conhecimento de que a alteração
legislativa agora avocada se destinava a aplicar a um caso muito concreto e específico, não referenciado pelos
proponentes, a saber, a União de Freguesias do Centro Histórico do Porto. Esse conhecimento adveio da
publicação num jornal nacional do verdadeiro e único destinatário da alteração legislativa, que,
consequentemente, se assume, por isso, como uma lei-medida, disfarçada de geral e abstrata, quando se
destina apenas a um único caso concreto. Um único caso concreto igual a muitos outros que, ao longo dos
últimos oito anos, foram sendo resolvidos; um único caso concreto que merece a nossa preocupação, que
merece a nossa atenção e que, é muito importante dizê-lo, está em vias de ser solucionado; finalmente, um
único caso concreto, cujo desfecho apontado pela alteração legislativa avocada acarreta, na sua
operacionalização, consequências orçamentais não previstas, uma eventual revisão da Lei dos Compromissos
e, não menos importante, a assunção de um tratamento desigualitário. Tudo, tudo são razões que, em nossa
opinião, não só justificam como demandam este requerimento de avocação e, consequentemente, a mutação
do nosso sentido de voto indiciário.
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
A Sr.ª Presidente: — Tem a palavra o Sr. Deputado Renato Sampaio.
O Sr. Renato Sampaio (PS): — Sr.ª Presidente, Srs. Deputados, estamos estupefactos e o PS nem quer
acreditar no que se está aqui a passar hoje, porque não se trata apenas de um ziguezague do PSD, trata-se
de uma verdadeira cambalhota que a maioria PSD/CDS acaba de dar neste Plenário.