29 DE MAIO DE 2015
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O Partido Socialista sempre esquece convenientemente este facto, porque quer, obviamente, disfarçar o
facto de que foi o atual Governo que conseguiu que essa proibição deixasse de existir e que conseguiu, sim,
que o salário mínimo nacional fosse aumentado.
Protestos da Deputada do PS Sónia Fertuzinhos.
Mas, já agora, também convinha que explicassem por que é que, no vosso fantástico e magnífico cenário
macroeconómico o aumento do salário mínimo também caiu. Porque se é assim tão importante, como diz o Sr.
Deputado, resta saber por que é que o Partido Socialista o deixou cair.
Farei a caridade de não mencionar, sequer, as opiniões que o coordenador desse cenário macroeconómico
tem sobre salário mínimo nacional,…
O Sr. NunoMagalhães (CDS-PP): — Ora bem!…
A Sr.ª CecíliaMeireles (CDS-PP): — … embora também seja uma discussão interessante.
Mas resta saber, se é tão importante, por que é que os senhores não o põem lá…
O Sr. NunoMagalhães (CDS-PP): — De forma clara!
A Sr.ª CecíliaMeireles (CDS-PP): — … e convenientemente o esquecem e, no que toca ao emprego,
apresentam outras soluções.
Protestos do PS.
A segunda pergunta prende-se com as questões relacionadas com o emprego. O PS tinha uma proposta
relacionada com a TSU (taxa social única) e, depois, teve outra. A primeira proposta teve uma versão e, agora,
tem outra.
O Sr. NunoMagalhães (CDS-PP): — E ainda vai ter outra!
A Sr.ª CecíliaMeireles (CDS-PP): — Como calculo que, daqui a umas semanas, terá outra e, daqui a um
mês, outra…
A Sr.ª SóniaFertuzinhos (PS): — Diga qual é a sua!
A Sr.ª CecíliaMeireles (CDS-PP): — … repito, daqui a um mês, terá outra…
A Sr.ª SóniaFertuzinhos (PS): — Diga lá qual é a proposta do CDS!
A Sr.ª Cecília Meireles (CDS-PP): — Vou repetir as vezes que forem necessárias, Sr.ª Deputada. Pode
não gostar de ouvir, mas é assim. Todos temos que nos ouvir uns aos outros. Acredito que, por vezes, não
seja um exercício agradável, mas é, em todo o caso, um exercício democrático.
Mas, como eu estava a dizer, uma proposta ficou pelo caminho e, enfim, quando houver uma versão final,
daqui a dois ou três meses poderemos discuti-la.
Em relação ao corte da TSU do lado do trabalhador, eu diria que não se trata de uma política de emprego,
é aquilo a que se chama «política de rendimentos», diria mesmo que é um eufemismo para dizer a velha
máxima do PS: «Vamos gastar agora e depois logo se vê quem há de vir pagar a conta e resolver o
problema!». É um «filme» que, infelizmente, já vimos muitas vezes.
O Sr. Nuno Sá (PS): — As frases feitas são sempre as mesmas!