I SÉRIE — NÚMERO 101
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Declarações de voto enviadas à Mesa, para publicação
Relativa ao projeto de lei n.º 305/XII (2.ª) e ao projeto de resolução n.º 1511/XII (4.ª):
O Grupo Parlamentar do CDS-PP compreende as inquietações expostas pelos peticionários da petição n.º
469/XII (4.ª), no sentido de garantir a qualidade e a segurança dos alunos da escola pública por via de uma
adequada afetação de recursos humanos, nomeadamente de pessoal não docente. No entanto, votou contra
as iniciativas legislativas que foram discutidas conjuntamente (o projeto de lei n.º 305/XII (2.ª) e o projeto de
resolução n.º 1511/XII (4.ª) uma vez que:
1 — A boa conclusão do processo de agregação de escolas e uma gestão mais eficiente dos recursos
humanos existentes nas escolas permitiram a identificação de lacunas, tendo estas sido colmatadas pela
atualização da legislação em vigor, através da publicação da Portaria n.º 29/2015, de 12 de fevereiro. Assim,
através desta nova Portaria, asseguram-se melhores condições de apoio, atribuindo-se assistentes
operacionais às escolas do 1.º ciclo com menos de 48 alunos, e altera-se ainda a fórmula de cálculo da
dotação máxima de referência dos assistentes operacionais e dos assistentes técnicos, presentes na Portaria
n.º 1049-A/2008, de 16 de setembro.
2 — Estamos convencidos de que as alterações introduzidas pela Portaria n.º 29/2015, de 12 de fevereiro,
são significativas para as escolas, melhorando as condições de aprendizagem, e sabemos que representam
um importante esforço financeiro para o Estado, o que não pode deixar de ser valorizado em tempos de
dificuldades financeiras do País. Como tal, sem prejuízo de uma reflexão acerca da necessidade e do impacto
de outras futuras alterações legislativas, consideramos prioritário que, neste momento, se proceda a uma boa
implementação desta nova legislação e que, através dela, se garanta uma boa prestação de apoio aos alunos
nas suas escolas.
3 — Por fim, não poderíamos acompanhar iniciativas legislativas que pretendem o lançamento de
concursos extraordinários de vinculação alheios às necessidades reais das escolas e sem o seguimento de
critérios objetivos, o que não somente demonstra que essas iniciativas passam ao lado dos efeitos da entrada
em vigor da nova legislação e do próprio conteúdo da petição que motivou o debate em plenário da
Assembleia da República.
Os Deputados eleitos pelo Círculo Eleitoral do Porto, Fernando Virgílio Macedo — Teresa Leal Coelho —
Maria José Castelo Branco — Margarida Almeida — Miguel Santos — Conceição Bessa Ruão — Paulo Rios
Oliveira — Cristóvão Simão Ribeiro — Emília Santos — Mário Magalhães — Luís Vales — Andreia Neto —
Afonso Oliveira — Nuno Sá Costa — Paula Gonçalves — Adelaide Canastro — Ricardo Santos(do PSD) e
Vera Rodrigues — Cecília Meireles — Michael Seufert (do CDS-PP).
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Relativa ao projeto de resolução n.º 1260/XII (4.ª):
Votámos contra o projeto de resolução n.º 1260/XII (4.ª), que recomenda ao Governo urgente
requalificação da ligação viária IC2 (Arrifana/Escapães) — Nó A1 (Santa Maria da Feira), porque a iniciativa
parlamentar é extemporânea.
Com efeito, a obra está inscrita no Plano de Proximidade 2015/2019, apresentado em dezembro último
pela Estradas de Portugal, prevendo o seu lançamento em 2015 e para a qual estariam reservados mais de
1,2 milhões de euros.
Além disso, num comunicado divulgado no início de junho corrente, a Infraestruturas de Portugal, SA (IP)
fazia o anúncio do lançamento da obra de requalificação da ligação viária IC2 (Arrifana/Escapães) — Nó A1
(Santa Maria da Feira), que ocorrerá em julho próximo. A empresa lembrava, na ocasião, que, concluída a
fase do investimento na construção, as atenções centravam-se, agora, «na conservação e melhoria das
condições de segurança, conforto, eficiência e nível de serviço da rede rodoviária, sendo disso bom exemplo a
concretização da obra de requalificação desta importante ligação à A1 em Santa Maria da Feira, há muito
ansiada pelas populações e economia local».