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I SÉRIE — NÚMERO 55

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Custa-me muito ver, para além de todo esse sacrifício que tem sido imposto aos contribuintes, que têm sido

desvalorizados brutalmente ativos e riqueza, que, com uma gestão atempada, podiam certamente valer e ser

devidamente valorizados.

Não fecho soluções a não ser uma: a de que sejam os contribuintes a pagar. Isto dito, temos de explorar

outras soluções, há soluções que estão a ser trabalhadas noutros países e estão a ser propostas várias soluções

técnicas. Aliás, a unidade de missão que designámos para a capitalização das empresas está também a

trabalhar sobre esse tema.

Há uma coisa que não podemos fazer: fingir que o tema não existe e que o problema não existe. O primeiro

passo para resolver um problema é assumir a sua existência e dizer, com transparência, que queremos trabalhar

nele e queremos trabalhar com as instituições para que seja possível encontrar uma solução.

Sr.ª Deputada Heloísa Apolónia, só a posso acompanhar no limite que traçou: não, não podem ser os

contribuintes a pagar outra vez.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Ainda para fazer perguntas, se assim o entender, tem a palavra a Sr.ª Deputada Heloísa

Apolónia.

A Sr.ª HeloísaApolónia (Os Verdes): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, julgo que é importante o

registo que aqui deixou e julgo que os portugueses querem confiar nessa palavra, ou seja, que não serão os

contribuintes portugueses a pagar. Os portugueses estão fartos de pagar para os bancos e os problemas que

os próprios bancos criam têm de ser resolvidos de outra forma, pondo aqueles que causam esses desmandos

a pagar o resultado desses desmandos. Julgo que esta lógica tem de ser um imperativo na resolução destes

problemas.

Por outro lado, Sr. Primeiro-Ministro, nós estamos num modelo que suga muito dinheiro às pessoas. Esta

questão dos PanamaPapers e dos offshore veio revelar que estamos perante um modelo que tem de ser travado

e muito limado em algumas questões que prejudicam, evidentemente, os Estados, as populações e as

capacidades de desenvolvimento.

O Sr. Presidente: — Peço-lhe que conclua, Sr.ª Deputada.

A Sr.ª HeloísaApolónia (Os Verdes) — Termino, Sr. Presidente.

É que é dinheiro que não entra no Estado, é dinheiro que é «lavado» e é dinheiro que é perdido para aquilo

que deveria ser utilizado.

Nós temos de trabalhar para o desenvolvimento e essa é a competência que os governos têm de agarrar e

resolver.

Mesmo para terminar, Sr. Presidente, queria pedir ao Sr. Primeiro-Ministro que nos fizesse o ponto da

situação sobre a matéria do amianto, e digo-lhe porquê: tenho recebido muitas solicitações de cidadãos no

sentido de procurar perceber como é que está a questão da calendarização da atuação do Governo sobre a

matéria do amianto em edifícios públicos.

O Sr. Presidente: — Tem de concluir, Sr.ª Deputada.

A Sr.ª HeloísaApolónia (Os Verdes) — Gostava de ter capacidade de dar uma resposta aos cidadãos.

Por isso, Sr. Primeiro-Ministro, perante este problema de saúde pública, que Os Verdes procuraram contribuir

para resolver na Assembleia da República, gostava que fizesse o ponto da situação aos cidadãos.

Aplausos de Os Verdes e do PCP.

O Sr. Presidente: — Para responder, tem a palavra o Sr. Primeiro-Ministro.

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