23 DE SETEMBRO DE 2016
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O indicador de clima económico melhorou progressivamente desde o início do ano.
O crescimento económico, que entrara em desaceleração no segundo semestre de 2015, regista uma
trajetória de recuperação que, acreditamos, vai ser acelerada.
E tudo isto tem sido possível com uma redução do défice público que, de acordo com todas as previsões —
da Comissão Europeia à UTAO (Unidade Técnica de Apoio Orçamental), da OCDE (Organização de
Cooperação e Desenvolvimento Económico) ao Conselho das Finanças Públicas —, ficará claramente abaixo
dos 3% do PIB e que, com conforto, estamos confiantes de que será mesmo inferior a 2,5% do produto interno
bruto em 2016.
Aplausos do PS.
Prometemos uma alternativa que respeitasse o nosso próprio programa eleitoral, que respeitasse as posições
conjuntas assumidas com os partidos que constituem a maioria que assegura a estabilidade deste Governo e
os compromissos internacionais do nosso País. É isso que estamos a cumprir, contrariando todos os
catastrofismos semanais de quem já nada mais tem para dar do que esperar simplesmente o falhanço do País.
É esse o falhanço que não virá.
Aplausos do PS e de Deputados do BE.
Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, 10 meses depois de termos formado Governo, estamos de olhos
postos no futuro. Cumprimos o que prometemos, mas não estamos conformados perante os resultados.
Sabemos que ainda há muito a fazer e depois do tempo das urgências é agora o tempo de vencer os bloqueios
estruturais ao nosso desenvolvimento.
Um país inovador, com um Estado moderno, um território coeso e valorizado, empresas sólidas, trabalho
digno e uma sociedade assente no conhecimento, com mais iniciativa e maior igualdade, esta é a visão do
Governo para o futuro do nosso País. É o tempo de uma ação política focada nos grandes desafios estratégicos
que identificámos no Programa Nacional de Reformas e para os quais temos de nos mobilizar. É nestes seis
pilares que reside a chave do nosso futuro e é nestes seis pilares que se organizam as grandes prioridades
deste Governo para esta sessão legislativa.
O modelo de desenvolvimento que defendemos não será possível se não recuperarmos a aposta nas
qualificações e no conhecimento.
Essa aposta começa na educação. Por isso, estamos a universalizar o pré-escolar a partir dos 3 anos de
idade; por isso, garantimos a gratuitidade dos manuais escolares no 1.º ano de escolaridade; por isso, 800
agrupamentos escolares estarão neste ano a aplicar um programa de promoção do sucesso escolar para que
nenhuma criança fique para trás; e, por isso, também, com o Programa Qualifica, damos nova oportunidade
àqueles que não tiveram oportunidade de estudar no tempo certo, retomando o tema da educação de adultos e
da formação ao longo da vida como plano estratégico para o País.
Aplausos do PS.
Em segundo lugar, apostamos num reforço do investimento na cultura, dirigido ao apoio à criação artística e
à recriação do património cultural.
Na ciência, cumpriremos o acordo de confiança assinado entre o Governo, as universidades e os politécnicos,
garantindo aos estabelecimentos de ensino superior a estabilidade e a previsibilidade do seu financiamento e
as condições para cumprir o seu objetivo de democratizar, modernizar, qualificar e internacionalizar as
instituições de ensino superior.
O Governo reafirma também a aposta na qualidade dos territórios e na reabilitação do património, dando
prioridade à adoção de uma nova geração de políticas de habitação e de desenvolvimento urbano pela sua
relevância na melhoria da qualidade de vida dos cidadãos, mas também pelo seu papel essencial na
recuperação da economia.
Para acrescentar valor à vida das pessoas e das empresas, será fundamental prosseguir com o plano de
modernização do Estado que este Governo recuperou com o Simplex e que difundirá com o mais ambicioso