14 DE OUTUBRO DE 2016
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Olhe que sim, Sr. Deputado!
Como eu dizia, resposta integrada é o que o Governo está a fazer com a reposição dos rendimentos, com a
reabertura dos serviços de justiça, com a valorização da escola pública e com um conjunto de propostas
estruturadas que resultam de um trabalho sério, sólido e com o rumo da Unidade de Missão para a Valorização
do Interior, que terá já projeção na proposta do Orçamento do Estado para 2017.
Por isso vos digo, Sr.as e Srs. Deputados, o agendamento deste «Perdoa-me», à pressa, antes do Orçamento,
é uma medida de desespero. E sabem porquê?
Protestos do PSD.
Sabem porque é uma medida de desespero? Porque estão em rota para as autárquicas.
Protestos do PSD.
Não fizeram quando podiam, querem agora remendar. Aos remédios dizemos «não», mas fica-lhes bem
reconhecer que na dose, na substância e nas consequências estiveram mesmo muito mal com os cidadãos, as
populações e os territórios de baixa densidade.
Infelizmente, o interior tem bem a memória da vossa indiferença e insensibilidade.
O Sr. Manuel Frexes (PSD): — Por isso é que conseguiram ganhar as eleições!
O Sr. Pedro do Carmo (PS): — O «Perdoa-me» é bem-vindo. É bem-vindo, mas é tardio.
É claro que não conseguimos recuperar num ano os estragos que VV. Ex.as fizeram em quatro anos de
austeridade, mas o nosso rumo é diferente.
Agora, é tempo de construir, tempo de valorizar, tempo de esperança para o interior e para o mundo rural. É
um tempo novo, o nosso tempo, o tempo das pessoas!
Aplausos do PS.
O Sr. Presidente: — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Luís Testa.
O Sr. Luís Moreira Testa (PS): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Se este debate, proposto pelo
PSD, serviu para alguma coisa foi para tirarmos as conclusões que acabámos por tirar.
Durante quatro anos, quatro longos anos, assistimos a um governo que não que nada tenha feito, porque fez
muito, mas o que fez foi, essencialmente, virar as costas a uma região substancial deste País.
Durante quatro anos, quatro longos anos, assistimos a um governo que, mais do que virar as costas, traiu
uma população e as expectativas dessa população.
Durante quatro anos, quatro longos anos, houve populações que emigraram, que saíram do interior do País
para procurar novas paragens onde tivessem trabalho e futuro.
Durante quatro anos, houve empresas que fecharam portas, que acabaram com a sua produtividade e que
abandonaram os seus trabalhadores à sua sorte.
Durante quatro anos, vivemos a experiência nefasta, fatídica, de não só ter um Governo que nos abandonava
como um Governo que traía as nossas esperanças.
Foram quatro anos que hoje resultaram no debate do «Perdoa-me». Será? Pois bem, o que vimos hoje foi
Deputados que não são do interior a falarem do interior e a quererem impor um estatuto que o próprio interior
tem de rejeitar.
Aplausos do PS.
Vozes do PS: — Muito bem!