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27 DE OUTUBRO DE 2016

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magistrados no Ministério Público, quando não há enfermeiros, quando é preciso o Governo vir dizer que as

refeições dos presos não estão em risco?

A denúncia já não convém, já não se podem culpar PSD e CDS. A responsabilidade já é vossa.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Mas, para além de explicar o que provoca os graves problemas na saúde e na educação, já que afirma não

serem as cativações, o Governo tem de esclarecer perante o Parlamento e o País onde incidem então as

cativações de 445 milhões de euros, apresentadas a Bruxelas como uma das medidas para assegurar o

cumprimento da meta do défice deste ano, e que se tornam permanentes porque o Governo quer que contem

como medida estrutural.

Que despesas deveriam ser pagas com estes 445 milhões de euros, o que, afinal, não vai acontecer, nem

agora, nem nunca?

A falta de informação no relatório da proposta de Orçamento do Estado para 2017 não é um acaso, nem um

lapso, Srs. Deputados.

A atualização séria das projeções da despesa por programa orçamental deixaria a nu sobre quem vão recair

os cortes. Vai afetar a justiça ou os serviços prisionais? Vai impedir a reparação de ambulâncias ou a renovação

da frota do INEM (Instituto Nacional de Emergência Médica)? Vai reduzir os meios à disposição das polícias?

Vai pôr em causa os compromissos do País em matéria de defesa?

Temos o direito de saber.

O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — Muito bem!

A Sr.ª Maria Luís Albuquerque (PSD): — Srs. Deputados, há limites para a ocultação da realidade e a

mentira tem sempre perna curta. A emergência nacional estava ultrapassada quando este Governo tomou posse

e os cortes cegos de despesa a que assistimos são apenas e só a consequência de más decisões políticas.

O modelo económico falhou, o prometido crescimento não aconteceu, e este é o resultado. O PSD saúda o

discurso de compromisso do Governo com as regras do tratado orçamental, mas estas opções nem garantem

o cumprimento dos compromissos, nem preservam a qualidade dos serviços públicos.

Continuar a ocultar a incidência das cativações, continuar a negar a informação que permite o escrutínio pelo

Parlamento, tentar iludir a realidade por mais alguns dias ou semanas não disfarça o indisfarçável: PS, PCP e

Bloco falharam redondamente na sua estratégia económica e orçamental. Tentam remediar o estrago da pior

forma possível e acabam a condenar os serviços públicos a situações que nem a pré-bancarrota, nem o

programa da troica, alguma vez, provocaram.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Este pode até ser um tempo novo. Até há um virar de página. Mas, infelizmente, é para ficarmos todos muito

pior.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

O Sr. Presidente: — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Secretário de Estado dos Assuntos

Parlamentares, Pedro Nuno Santos.

O Sr. Secretário de Estados dos Assuntos Parlamentares (Pedro Nuno Santos): — Sr. Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados: Desde ontem, quando tomámos conhecimento da intenção de o Grupo Parlamentar do PSD

marcar este debate, que nos temos questionado sobre as razões que levaram o partido que liderou o maior

ataque de que há memória aos serviços públicos a pedi-lo.

Aplausos do PS.