I SÉRIE — NÚMERO 19
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A confiança está em franca recuperação. Todos os setores da economia portuguesa têm hoje níveis de
confiança muito superiores aos do momento em que o Governo tomou posse.
Aplausos do PS.
Neste período, o desemprego desceu e o emprego subiu. Hoje, somos mais no mercado de trabalho, porque
acreditamos no futuro.
Não se observava, desde 2011, a conjugação destes três fatores: diminuição do desemprego, aumento do
emprego e mais população ativa.
Os portugueses, particularmente os mais jovens, a quem foi proposto que abandonassem uma suposta zona
de conforto, finalmente sentem confiança para apostar na formação, para colocarem ao serviço de Portugal as
competências que adquirem com o esforço das gerações precedentes.
Aplausos do PS.
Temos de atrair a geração mais qualificada de sempre. A estes jovens caberá a maior reforma estrutural de
que o País precisa: a revolução do conhecimento e da inovação.
O Orçamento do Estado para 2017 prossegue este caminho, mas temos plena consciência do trabalho que
o País tem pela frente. A enorme perda de valor imposta à economia e às empresas portuguesas, através de
uma pressuposta redentora desvalorização interna, levará tempo a recuperar.
Promover o crescimento económico e a capitalização das empresas, consolidar as contas públicas e reduzir
a dívida e estabilizar o sistema financeiro são prioridades do Orçamento do Estado.
Permitam-me que refira um aspeto da maior importância: o rigor das contas públicas. Neste Orçamento é
intensificado o exercício de revisão da despesa pública, mas é importante referir que este exercício não é
sinónimo de cortes cegos, nem sustentado em memorandos nunca implementados.
Aplausos do PS.
Significa, pelo contrário, uma gestão racional e criteriosa dos recursos e uma revisão dos contratos. Significa
mais eficiência: com os mesmos recursos, melhor distribuídos, fazer mais e melhor.
Após o défice de 2,4% em 2016, que será o valor mais baixo da história democrática portuguesa, voltaremos
a baixar o défice em 2017 para 1,6%. Ao mesmo tempo, reduziremos a dívida pública para 128,3% do PIB. Fá-
lo-emos procurando alternativas e evitando os caminhos que, à primeira vista, seriam os mais fáceis. Através
de um diálogo permanente no plano interno e no plano externo, tem sido possível alcançar objetivos que até
então eram considerados impossíveis por muitos.
Afinal, Sr.as e Srs. Deputados, há sempre uma alternativa.
Aplausos do PS.
Não governamos para fazer as escolhas mais fáceis, mas, sim, as escolhas certas. E assumimo-las, com
seriedade, com responsabilidade e com transparência.
Escolhemos um Orçamento que prossegue a recuperação dos rendimentos das famílias; escolhemos um
Orçamento que promove o investimento e o crescimento económico inclusivo; escolhemos um Orçamento que
continua a desenvolver o Estado social; e escolhemos um Orçamento que aposta no conhecimento e na
inovação.
São estas as principais áreas da nossa atuação: as famílias, o investimento, o Estado social e o
conhecimento.
Depois do colossal aumento de impostos e de anos em que as famílias portuguesas viram o seu rendimento
diminuir, prosseguimos a inversão dessa política, desde logo através da eliminação da sobretaxa do IRS.
A recuperação dos rendimentos passa também pelo aumento real das pensões. Em 2017, além da
atualização de todas as pensões, haverá um acréscimo extraordinário de 10 € para mais de 1,5 milhões de
pensionistas do nosso País.