I SÉRIE — NÚMERO 19
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Protestos do PS.
O Sr. Secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares (Pedro Nuno Santos): — Não é verdade!
O Sr. António Leitão Amaro (PSD): — … mas parece que, afinal, as escolhas orçamentais são de tal forma
embaraçosas que o Sr. Primeiro-Ministro simplesmente se esconde no silêncio e foge a responder pelas
escolhas orçamentais. É lamentável!
Protestos do PS.
Começamos, hoje, a discutir uma má proposta de Orçamento do Estado, que insiste num caminho errado,
com resultados medíocres, que promete continuarem em 2017.
Este é um Orçamento de um Governo que está a mostrar um desempenho sofrível. E é triste porque os
portugueses sabem que mereciam mais e que podem ter mais, bastando-lhes olhar para 2015 e ver
desempenhos e resultados muito melhores a nível do crescimento, do emprego, do investimento e das
exportações. Portugal pode ter muito mais do que está a ter em 2016 e, pelas contas do Governo, do que terá
em 2017.
O Sr. Ministro, hoje, mais uma vez, repetiu várias inverdades. Sr. Ministro das Finanças, então está a viver-
se em Portugal, pela primeira vez há 11 anos, um aumento da população ativa? Mas que contas são essas?!
Só desde 2011, a população ativa aumentou 11 vezes: 10 vezes mais esta, que é a 11.ª!
Mas saiba mais, Sr. Ministro: o aumento de 8000 pessoas na população ativa no último trimestre, de que fala
agora, é completamente absorvido por uma queda muito superior de mais de 40 000 pessoas que saíram da
população ativa no primeiro trimestre de 2016.
O Sr. Filipe Lobo d’Ávila (CDS-PP): — É verdade!
O Sr. António Leitão Amaro (PSD): — Na verdade, estamos a começar bem o debate orçamental, não é,
Sr. Ministro?!
Protestos do Deputado do PS João Galamba.
Mas, devo dizer, também já esperamos que, nos próximos dias, durante a discussão do Orçamento do
Estado, venham tentar distrair com uma de duas coisas:…
O Sr. João Galamba (PS): — Quem está a distrair são vocês!
O Sr. António Leitão Amaro (PSD): — … ora vão tentar distrair da situação e do desempenho sofrível deste
Governo, invocando incomparáveis primeiros tempos da emergência causada pelas decisões e pelas escolhas
feitas da última vez que os senhores passaram no Governo — esse vai ser um dos lados do disco que vão usar!
—, ora vão clamar sucesso, porque simplesmente conseguiram que o País não caísse num mal maior.
Sr. Primeiro-Ministro, Sr. Ministro das Finanças, a vossa tarefa não é evitar um mal maior, é trazer aos
portugueses um bem maior, muito maior do que aquele que os senhores estão a trazer.
Devo dizer-lhe, Sr. Ministro das Finanças, que devemos discutir o vosso caminho, o vosso Orçamento e o
vosso sucesso pela métrica, pela medida dos vossos resultados, mas, sobretudo, vamos fazê-lo com as vossas
metas.
Há um ano, no início da vossa governação, diziam os senhores ao País: «Connosco, Partido Socialista,…»
— e a geringonça atrás — «… vão ter muito, muito mais crescimento da economia, do investimento, do emprego
e até do consumo privado!» Iam ter muito mais investimento público. Não iam ter aumentos de impostos, iam
ter uma grande redução da dívida pública e, repare-se, ia também crescer a devolução do rendimento às
famílias.