I SÉRIE — NÚMERO 19
6
Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, não teremos certamente uma sociedade melhor sem uma aposta
decisiva no conhecimento e na inovação. Por isso mesmo, promoveremos a contratação de docentes e
investigadores para o rejuvenescimento dos quadros do ensino superior, reforçando o emprego científico e
facilitando a entrada de jovens doutorados nas carreiras académicas.
Aplausos do PS.
No domínio das artes, repõem-se os apoios à criação artística, ao mesmo tempo que se procura democratizar
o acesso à cultura, captando novos públicos.
Mas um Orçamento também é fiscalidade. Este é o Orçamento da estabilidade fiscal.
Risos de Deputados do PSD.
A previsibilidade fiscal chegou à economia portuguesa. As taxas e os elementos fundamentais de cálculo dos
principais impostos não se alteram. Nunca antes um Orçamento tinha introduzido tão poucas alterações fiscais.
Aplausos do PS.
Nunca antes a receita total se fez com tão poucas novidades fiscais: 99,5% da receita fiscal total é obtida
com impostos já existentes.
Protestos de Deputados do CDS-PP.
E isto é conseguido reduzindo a carga fiscal.
Aplausos do PS.
Tal como sucedeu em 2016, em 2017 pagamos menos impostos por cada euro de riqueza nacional
produzida.
Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, o Orçamento do Estado para 2017 surge com a manutenção dos
sinais de recuperação da economia em 2016 e da sua aceleração desde o início do ano.
Não negamos a necessidade de reforçar a situação económica e financeira do País, mas também ninguém
pode ignorar a evolução registada desde dezembro do ano passado, evolução essa que, hoje, é assinalada por
todas as instituições internacionais.
A confiança está a aumentar em Portugal. E a confiança em Portugal está também a aumentar.
Aplausos do PS.
Hoje, temos mais, muito mais investidores em dívida pública. O investimento direto estrangeiro em empresas
não financeiras está a aumentar.
Os indicadores de atividade seguem um sentido ascendente. Observamos uma melhoria generalizada da
atividade económica.
O indicador coincidente do Banco de Portugal apresenta uma melhoria ao longo de todo o terceiro trimestre.
Esta melhoria é visível na recuperação das exportações de bens. Depois de vários meses a cair, o indicador das
exportações para fora da União Europeia aumenta.
As exportações de serviços estão a bater recordes, sustentadas na atividade do turismo, uma atividade
económica que já esbate a sazonalidade com a disponibilização de uma mais variada oferta turística. Esta é
uma prioridade do Governo, apoiada também na oferta cultural.
As importações, em particular de bens de investimento, estão a crescer de forma acentuada e, Sr.as e Srs.
Deputados, não há crescimento sem importações.
O investimento privado tem vindo a aumentar e a mostrar um dinamismo que não teve na segunda metade
de 2015.